As chuvas torrenciais de dezembro, em Minas Gerais, acenderam o sinal de alerta nas áreas de mineração, especialmente ao longo da Bacia do Rio Doce, que sofreu os efeitos do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, na Região Central, ocorrido há um ano e dois meses. Para evitar novos traumas – a maior tragédia socioambiental degradou rios, devastou a vegetação, destruiu comunidades e deixou 19 mortos –, está em andamento um plano de emergência para o período, a cargo da Fundação Renova, com medidas preventivas e contingenciais a fim de minimizar os impactos na sociedade, no meio ambiente e na atividade econômica nos locais atingidos, informa o presidente da entidade, o biólogo e mestre em administração de empresas Roberto Silva Waack.
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OBJETIVOS “São muitos desafios, sendo o maior deles a governança, pois precisamos de soluções técnicas para problemas que vão surgindo”, diz o presidente da Fundação Renova, que tem 41 programas e 150 projetos a serem conduzidos. Ele explica que ainda vai demorar um tempo para que seja desfeita a confusão, pela população, entre a Fundação Renova e a Mineradora Samarco S.A. e suas controladoras Vale e BHP Billiton, donas da Barragem do Fundão. “Isso precisa acabar. Temos que olhar para o futuro, envolver e mobilizar as comunidades para fazer nosso trabalho, conciliando os aspectos sociais, ambientais e econômicos”, afirma.
A Fundação Renova é uma instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da Barragem do Fundão. Entidade privada, sem fins lucrativos, foi criada para “garantir transparência, legitimidade e senso de urgência a um processo complexo e de longo prazo”. A fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, secretarias de Meio Ambiente e outros).
Projeto Novo Bento
Uma das maiores expectativas dos moradores do antigo subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central, arrasado pelos rejeitos de minério vazados da Barragem do Fundão, é ver concluído o projeto definitivo do local onde vão residir.
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