Enquanto as três obras estão em andamento, a despoluição da lagoa é um dos grandes desafios da cidade, e o funcionamento pleno do Hospital do Barreiro ajudaria a amenizar os problemas da saúde. A limpeza da Lagoa da Pampulha se tornou ainda mais importante depois que o conjunto conquistou no ano passado o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco. Desde então, a PBH ratificou em diferentes momentos que a empresa contratada para fazer a despoluição teria até dezembro para diminuir os índices de cinco parâmetros, enquadrando-os no que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) considera como Classe 3. É nesse patamar que Pampulha poderia receber, por exemplo, esportes náuticos.
Dos cinco parâmetros, as metas para a presença de matéria orgânica, coliformes fecais e clorofila-A já haviam sido alcançadas no primeiro trimestre do contrato, permanecendo abaixo do estipulado no segundo trimestre. Porém, as metas para os índices de cianobactérias e fósforo, que promovem a floração de algas, não foram atingidas e seguiam fora do esperado em novembro, no último parecer da Secretaria de Obras e Infraestrutura. Em nota, a PBH afirmou que as metas vêm sendo “plenamente atendidas”. Ontem, a reportagem esteve na Pampulha e observou a nata verde espessa em alguns pontos. A PBH sustenta que esse quadro é “normal”, provocado pelas chuvas. Novas análises serão apresentadas em fevereiro.
ADIAMENTOS Esperada para funcionar antes da Copa do Mundo de 2014, a Via 710, ligação entre as avenidas Cristiano Machado (Região Nordeste) e dos Andradas (Leste), foi adiada várias vezes por causa de questionamentos judiciais sobre desapropriações. Porém, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) mantinha a previsão de que pelo menos um dos trechos, entre o Minas Shopping e a Avenida José Cândido da Silveira, seria inaugurado até 31 de dezembro, o que não ocorreu. Para a prefeitura, o andamento está dentro do previsto, observando que, entre outras ações, foram concluídos os túneis-bala e as redes de drenagens e de água pluvial dos bairros Fernão Dias.
Outra intervenção que sofreu muito com os atrasos causados pela necessidade de realocar famílias e remover casas e ficará para inauguração na gestão Kalil é a obra da nova rodoviária, prevista para ser instalada no Bairro São Gabriel, Nordeste de BH. A PBH prevê conclusão até julho.
Já com relação aos dois novos viadutos do Complexo da Lagoinha, que facilitariam o acesso de quem vem do túnel rumo ao Centro, com uma das alças exclusiva para ônibus, a PBH já tinha anunciado problemas que motivaram alterações. A obra promete eliminar o entrelaçamento de veículos no Viaduto Leste e dar maior fluidez aos ônibus do corredor Cristiano Machado, com via exclusiva até o Hipercentro. A PBH projeta conclusão no segundo semestre.
A última das cinco demandas de grande porte é o pleno funcionamento do Hospital Metropolitano do Barreiro, pronto e inaugurado parcialmente em dezembro de 2015. A falta de entendimento sobre o financiamento da unidade entre a PBH, o Governo de Minas e a União motivou atrasos nas operações.