Os casos de malária foram identificados em 19 de dezembro por técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES). As vítimas foram contaminadas pelo Plasmodium vivax, uma das cinco espécies de protozoários que infectam o homem com a doença e o mais comum dos micro-organismos. Todos os doentes estão sendo tratados com medicamentos específicos contra a doença e já receberam alta da Santa Casa de Misericórdia de Diamantina.
O Secretário Municipal de Saúde, Rogério Geraldo Pontes, disse, em nota, que os casos confirmados “tratam-se de ocorrências pontuais” da malária na região, “não sendo, portanto, o caso de se falar em surto de malária em Diamantina”. Por outro lado, ressaltou a “necessidade de vigilância contínua e ações de controle que já estão sendo desenvolvidas. Segundo ele, a população precisa adotar cuidados, como usar repelentes nas partes expostas do corpo, instalar telas em portas e janelas e fazer uso de ventiladores. Em caso de sintomas, como febre, dores de cabeça, calafrios, suor intenso, cansaço e dor muscular, os moradores devem procurar imediatamente as unidades básicas de saúde do município.
Ainda por meio da nota divulgada pela prefeitura, o prefeito de Diamantina, Juscelino Brasiliano Roque (PMDB), afirma que “a prioridade é focar no combate, acompanhamento e prevenção da doença e não nas especulações que podem trazer mais prejuízos para Diamantina e região, já que a cidade depende e muito da manutenção da atividade garimpeira e do turismo”. “Diamantina, tradicionalmente uma cidade hospitaleira e acolhedora, já se prepara para o Carnaval, resgatando sua cultura e suas raízes, mantendo, inclusive, as ações de prevenções à malária e outras doenças, para que todos, diamantinenses e visitantes, se sintam bem e com segurança em nossa cidade”, disse o chefe do Executivo.
Na edição desta quinta-feira do Estado de Minas, o prefeito já tinha dito que não havia risco para os turistas que querem visitar a cidade no Carnaval. O diretor da Sociedade Mineira de Infectologia Carlos Starling, também reforçou que não é preciso deixar de ir à cidade, mas mantém o alerta. “Não é preciso deixar de ir a Diamantina, mas é de bom senso evitar essa área do garimpo, bem como as de ecoturismo”, afirmou. .