A Prefeitura de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, afirmou que os casos de malária identificados em um garimpo a 140 quilômetros do Centro da cidade não levam riscos para os turistas que pretendem frequentar o município em seu tradicional Carnaval. A informação foi passada pela administração municipal por meio de nota após uma reunião, na manhã desta quinta-feira, onde foram apresentados resultados dos estudos feitos pelo Ministério da Saúde.
O Secretário Municipal de Saúde, Rogério Geraldo Pontes, disse, em nota, que os casos confirmados “tratam-se de ocorrências pontuais” da malária na região, “não sendo, portanto, o caso de se falar em surto de malária em Diamantina”. Por outro lado, ressaltou a “necessidade de vigilância contínua e ações de controle que já estão sendo desenvolvidas. Segundo ele, a população precisa adotar cuidados, como usar repelentes nas partes expostas do corpo, instalar telas em portas e janelas e fazer uso de ventiladores. Em caso de sintomas, como febre, dores de cabeça, calafrios, suor intenso, cansaço e dor muscular, os moradores devem procurar imediatamente as unidades básicas de saúde do município.
Ainda por meio da nota divulgada pela prefeitura, o prefeito de Diamantina, Juscelino Brasiliano Roque (PMDB), afirma que “a prioridade é focar no combate, acompanhamento e prevenção da doença e não nas especulações que podem trazer mais prejuízos para Diamantina e região, já que a cidade depende e muito da manutenção da atividade garimpeira e do turismo”. “Diamantina, tradicionalmente uma cidade hospitaleira e acolhedora, já se prepara para o Carnaval, resgatando sua cultura e suas raízes, mantendo, inclusive, as ações de prevenções à malária e outras doenças, para que todos, diamantinenses e visitantes, se sintam bem e com segurança em nossa cidade”, disse o chefe do Executivo.
Na edição desta quinta-feira do Estado de Minas, o prefeito já tinha dito que não havia risco para os turistas que querem visitar a cidade no Carnaval. O diretor da Sociedade Mineira de Infectologia Carlos Starling, também reforçou que não é preciso deixar de ir à cidade, mas mantém o alerta. “Não é preciso deixar de ir a Diamantina, mas é de bom senso evitar essa área do garimpo, bem como as de ecoturismo”, afirmou.