Jornal Estado de Minas

Homem que matou ex-mulher e jogou corpo em cisterna contou com ajuda de amigo

As imagens de uma câmera de segurança foram cruciais para que a Polícia Civil desvendasse o assassinato de Elizangela Pereira de Souza, de 38 anos, encontrada morta dentro de uma cisterna em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na última quarta-feira.



Até o momento, as investigações mostram que o ex-companheiro da vítima, Aiton Rodrigues da Silveira, 38, é o principal responsável pelo crime e contou com a ajuda de um amigo, Carlos Henrique Ribeiros Santos Pereira, de 28, para ocultar o corpo em um local de acesso muito difícil, segundo a polícia.

De acordo com a delegada Indiara Froes, na última segunda-feira familiares de Elizangela procuraram a polícia para relatar o desaparecimento da mulher. Com o início das investigações, imagens de uma câmera de segurança perto da casa da vítima mostraram ela caminhando em direção a uma rua e procurando por alguém, até que aparece o carro de Ailton.

Primeiro, a delegada conta que o autor negou, mas depois confessou que marcou um encontro com a ex-companheira no dia do desaparecimento de Elizangela. Os dois tiveram um relacionamento de 12 anos, mas estavam separados há 15 dias e Ailton contou aos investigadores que estava insatisfeito com a situação.



Inicialmente, as investigações foram conduzidas para averiguar o desaparecimento, mas agora novo inquérito será aberto por homicídio. A delegada pontua, inclusive, que há elementos fortes que indicam que Ailton planejou o assassinato com o apoio de Carlos Henrique, que no momento do encontro estava escondido no porta-malas do veículo.

Já fora do carro, na região de Contagem, na Grande BH, os dois começaram uma discussão por conta do fim do relacionamento, momento em que Ailton agrediu Elizangela com golpes de faca. Carlos, então, ajudou o amigo a colocar o corpo no porta-malas e a dupla a levou a té a cisterna em São Joaquim de Bicas.

DENÚNCIA DE VIOLÊNCIA A delegada Elizabeth de Freitas Assis Rocha, que chefia a Delegacia de Desaparecidos da Polícia Civil, destacou que havia relatos de violência doméstica praticada por Ailton contra Elizangela, mas nenhuma denúncia formal foi registrada na polícia. Ela reforçou a importância das denúncias contra esse tipo de situação, além de pedir sempre pela aceleração dos registros em caso de desaparecimento já que os primeiros minutos do sumiço são cruciais para a investigação.

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