Estado amplia para 23 o número de casos suspeitos de febre amarela em Minas

Notificações, que incluem 14 mortes, estão concentradas em quatro áreas, onde a vacinação já está sendo reforçada: Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, Governador Valadares e Manhumirim, ambas no Leste, e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri

Valquiria Lopes

Minas tem 23 casos notificados de suspeita de febre amarela silvestre e, deste total, 14 pessoas morreram, informou na tarde desta segunda-feira o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Fabiano Said.

Dos 23 casos, há 16 identificados como “prováveis” da doença e os demais ainda estão sob investigação de especialistas da SES. “Provável” significa que o quadro clínico do paciente é compatível com a doença, ou seja, apresenta os sintomas da febre amarela ou teve o primeiro resultado de exame laboratorial confirmado. Said explicou que os sete casos em investigação não têm confirmação.

Na avaliação do secretário de Estado de Saúde, Minas vive um surto de febre amarela concentrado em quatro regionais: Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, Governador Valadares e Manhumirim, no Leste, e Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. As áreas dos óbitos não foram divulgadas.

Said alertou que a situação é preocupante, já que a febre amarela é uma doença “febril aguda grave”, que tem alto grau de evolução e letalidade. Dessa forma, as autoridades estão providenciando reforço na vacinação nas áreas em foco e pedem que os moradores, principalmente das áreas rurais, atualizem os cartões de vacina. Em parceria com técnicos das prefeituras, a SES está fazendo uma busca ativa nas zonas rurais e convocando a população para a imunização, ressaltando que são necessárias duas doses para se proteger contra a doença.

 

MORTE DE MACACOS O Ministério da Saúde foi comunicado sobre as mortes em Minas Gerais na última quinta-feira. Os óbitos suspeitos se juntam a uma morte em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo. No caso paulista, o paciente era morador de uma região também considerada de risco para febre amarela. Ele não estava vacinado. Na região de São Paulo, houve um aumento de morte de primatas, um indicativo de recrudescimento da circulação do vírus da febre amarela. (Com Agência Estado).

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