O caso do torcedor do Cruzeiro que morreu durante um tumulto com seguranças em outubro de 2016 pode ter uma reviravolta. Familiares de Eros Dátilo Belisário, de 37 anos, solicitaram apoio da Comissão de Direitos Humanos da Ordem de Advogados Brasileiros (OAB) por não acreditarem nos resultados do inquérito que investigou a morte. Para a Polícia Civil, o homem foi eletrocutado ao encostar em uma lanterna que estava sendo carregada em uma sala. O presidente da Comissão, advogado Willian Santos, informou que a família terá apoio do órgão. Nesta terça-feira, a sogra da vítima será ouvida novamente.
Um dos pontos que levantou dúvidas sobre a conclusão do inquérito da Polícia Civil é um laudo conseguido pela família no Hospital Odilon Behrens. “A sogra dele apresentou para a gente uma cópia de parte de um processo do hospital que demonstra que ele morreu dentro da unidade de saúde. Ele apresentava a costela quebrada, hematomas e lesões em todo o corpo em função de ter apanhado no Mineirão. Além disso, uma pessoa que estava com Eros disse que ele recebeu um golpe no pescoço, conhecido popularmente como mata-leão”, disse o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.
Outro questionamento feito por Willian Santos é a negativa da polícia em dar acesso ao inquérito ao advogado contratado pela família. “Ele não teve acesso às investigações mesmo com o pedido da OAB. A polícia não indiciou ninguém e disse que a morte foi por forma fortuita. Então, concordamos com a família. Se o sujeito morre com várias lesões comprovadamente, com sinais de que foi espancado, está tudo diferente do inquérito. Então, vamos pedir ao Ministério Público de Minas Gerais que não aceite o inquérito”, explicou Santos.
As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram concluídas em 24 de novembro. De acordo com o delegado Luiz Otávio Mattosinhos, responsável pelo caso, Eros e uma amiga tinham ingressos para o setor vermelho para assistir à partida entre Cruzeiro e Grêmio pela semifinal da Copa do Brasil 2016. Porém, ele queria passar para o setor laranja, que tem ingresso mais barato, onde estava outro grupo de amigos.
As imagens das câmeras de segurança do estádio mostram o torcedor e a mulher passando pela catraca às 21h36. Algum tempo depois, ele se aproxima da grade que separava os dois setores e conversa com o segurança para tentar entrar no laranja. As imagens mostram o funcionário apontando para a câmera, informando que era proibido. Segundo o delegado, ele e a mulher sobem para a arquibancada, mas voltam. Eros chega a conversar com os amigos do outro setor, antes de voltar aonde o segurança estava, e passa pela grade, invadindo o setor vermelho.
Depois disso, o segurança procura imobilizar Eros, tentando segurá-lo pelo braço, mas ele consegue se desvencilhar. O homem ainda tenta aplicar duas rasteiras no torcedor, sem sucesso, e leva dois socos. No meio da briga, os dois bateram contra uma porta, que não resistiu ao peso. As câmeras não mostram o que ocorreu dentro da sala, já que o espaço, usado como depósito, não era monitorado por câmeras. Foi dentro do cômodo que ocorreu a eletrocussão. Segundo a Polícia Civil, os dois caíram no chão e Eros acabou encostando em uma lanterna que estava sendo carregada junto a um benjamim. Nesse momento, de acordo com as apurações, Eros levou um choque de 220 volts.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, durante as investigações, a equipe da Delegacia de Homicídios Noroeste analisou, além de vídeos, 10 laudos - seis do instituto de criminalística e quatro do Instituto Médico Legal (IML) - e depoimentos de 11 testemunhas: seguranças, a esposa da vítima, a médica e enfermeiras que prestaram os primeiros atendimentos, torcedores amigos da vítima e o funcionário do Minas Arena responsável pela sala. Ninguém foi indiciado pelo caso.
Um dos pontos que levantou dúvidas sobre a conclusão do inquérito da Polícia Civil é um laudo conseguido pela família no Hospital Odilon Behrens. “A sogra dele apresentou para a gente uma cópia de parte de um processo do hospital que demonstra que ele morreu dentro da unidade de saúde. Ele apresentava a costela quebrada, hematomas e lesões em todo o corpo em função de ter apanhado no Mineirão. Além disso, uma pessoa que estava com Eros disse que ele recebeu um golpe no pescoço, conhecido popularmente como mata-leão”, disse o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.
Outro questionamento feito por Willian Santos é a negativa da polícia em dar acesso ao inquérito ao advogado contratado pela família. “Ele não teve acesso às investigações mesmo com o pedido da OAB. A polícia não indiciou ninguém e disse que a morte foi por forma fortuita. Então, concordamos com a família. Se o sujeito morre com várias lesões comprovadamente, com sinais de que foi espancado, está tudo diferente do inquérito. Então, vamos pedir ao Ministério Público de Minas Gerais que não aceite o inquérito”, explicou Santos.
As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram concluídas em 24 de novembro. De acordo com o delegado Luiz Otávio Mattosinhos, responsável pelo caso, Eros e uma amiga tinham ingressos para o setor vermelho para assistir à partida entre Cruzeiro e Grêmio pela semifinal da Copa do Brasil 2016. Porém, ele queria passar para o setor laranja, que tem ingresso mais barato, onde estava outro grupo de amigos.
As imagens das câmeras de segurança do estádio mostram o torcedor e a mulher passando pela catraca às 21h36. Algum tempo depois, ele se aproxima da grade que separava os dois setores e conversa com o segurança para tentar entrar no laranja. As imagens mostram o funcionário apontando para a câmera, informando que era proibido. Segundo o delegado, ele e a mulher sobem para a arquibancada, mas voltam. Eros chega a conversar com os amigos do outro setor, antes de voltar aonde o segurança estava, e passa pela grade, invadindo o setor vermelho.
Depois disso, o segurança procura imobilizar Eros, tentando segurá-lo pelo braço, mas ele consegue se desvencilhar. O homem ainda tenta aplicar duas rasteiras no torcedor, sem sucesso, e leva dois socos. No meio da briga, os dois bateram contra uma porta, que não resistiu ao peso. As câmeras não mostram o que ocorreu dentro da sala, já que o espaço, usado como depósito, não era monitorado por câmeras. Foi dentro do cômodo que ocorreu a eletrocussão. Segundo a Polícia Civil, os dois caíram no chão e Eros acabou encostando em uma lanterna que estava sendo carregada junto a um benjamim. Nesse momento, de acordo com as apurações, Eros levou um choque de 220 volts.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, durante as investigações, a equipe da Delegacia de Homicídios Noroeste analisou, além de vídeos, 10 laudos - seis do instituto de criminalística e quatro do Instituto Médico Legal (IML) - e depoimentos de 11 testemunhas: seguranças, a esposa da vítima, a médica e enfermeiras que prestaram os primeiros atendimentos, torcedores amigos da vítima e o funcionário do Minas Arena responsável pela sala. Ninguém foi indiciado pelo caso.