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Estado de Minas

Até o fim do mês, Iepha vai tomar medidas contra danos de infiltrações na Igrejinha da Pampulha

Técnicos fizeram avaliações no local na tarde desta segunda-feira. Relatório será apresentado até o final deste mês pelo órgão


postado em 09/01/2017 19:44 / atualizado em 09/01/2017 22:29

Quadros de Cândido Portinári chegaram a ser danificados por causa das infiltraões(foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
Quadros de Cândido Portinári chegaram a ser danificados por causa das infiltraões (foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) vai apresentar até o fim deste mês resultados de uma investigação para averiguar os danos provocados pelas infiltrações na Igreja São Francisco de Assis, conhecida popularmente como igrejinha da Pampulha. Nesta segunda-feira, uma equipe técnica do órgão, do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e representantes da Cúria Metropolitana e da Paróquia realizaram uma vistoria no local.

Em nota, o Iepha afirmou que medidas preventivas serão apresentadas pelos órgãos. “Até o final de janeiro, será apresentada a decisão conjunta sobre as medidas preventivas para conservação do monumento, que deverão ser realizadas antes do início das obras de restauração", informou o órgão no documento.

Em dezembro, o Estado de Minas mostrou que as infiltrações estavam ameaçando a igreja. Com as chuvas fortes, o monumento projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) na década de 1940 sofreu com apodrecimento das placas curvas de madeira do forro original da nave. Funcionários tiveram que limpar o chão da igreja por várias vezes durante os dias de chuva.

Outra preocupação é com os quadros que recriam as cenas da Via Sacra, pintados por Cândido Portinári (1903-1962), que ficam no local. Depois de uma vistoria feita pelo Iphan no templo, a superintendente dessa autarquia federal em Minas, Célia Corsino, recomendou a retirada das pinturas da parede, tendo em vista os riscos de deterioração por causa das infiltrações. Três delas já tinham sido danificadas.

Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado no fim de dezembro entre as instituições de patrimônio envolvidas, incluindo a Cúria Metropolitana, à qual a igreja pertence, com o MPMG. Conforme o acordo, o restauro do templo católico vai ocorrer no ano que vem. O projeto terá recursos de R$ 1,4 milhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) precisa do templo liberado, tarefa difícil diante dos 215 matrimônios marcados para o período de janeiro a dezembro de 2017. Em 30 de outubro, inconformado com um possível fechamento da São Francisco de Assis para o restauro, vários casais de noivos fizeram uma manifestação na porta da igreja.

RB


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