O número de casos de Febre Amarela em Minas Gerais não para de subir. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), divulgados na tarde desta quinta-feira, mostram que 110 notificações da doença foram registrados. Do total, 20 tiveram confirmação em exames preliminares para a enfermidade, porém, ainda precisam ser investigados pela pasta. Já foram computadas 30 mortes, sendo que 10 tiveram diagnóstico inicial para Febre Amarela. Os dados podem ser ainda maior. Isso porque, segundo a Secretaria de Saúde de Ladainha, no Vale do Mucuri, duas pessoas morreram na cidade entre a noite de quarta-feira e a manhã de hoje.
O caso preocupa as autoridades de saúde da cidade. “Preocupa porque ele é residente da zona urbana e não tem histórico de ter ido a área rural. É bastante preocupante em termos de epidemiologia. Já começamos a intensificar a vacinação no bairro onde ele mora. Há três dias antes da morte, foi encontrado um primata morto no lote vizinho. Iniciamos a imunização em casa em casa e 100% do bairro foi vacinado”, explicou o secretário de saúde.
A outra morte aconteceu em uma área rural da cidade, chamada de Açude, onde outras três pessoas morreram. O paciente estava internado desde terça-feira, porém, morreu nesta quinta-feira por volta das 11h30. Ladainha, segundo dados da prefeitura, teve 12 mortes, sendo que duas delas foram confirmadas por febre amarela em exames preliminares. Outras 13 pessoas da cidade estão internadas com sintomas da doença. “Tinha até um paciente que teve alta e voltou a internar há poucos minutos. Já pedimos a transferência para Teófilo Otoni”, afirmou o secretario.
Vacinação
A procura pela vacina na cidade fez com que o estoque acabar em poucos dias. Porém, segundo Fábio Pérez, a situação já está controlada. “Ainda temos muita procura por parte da população que está preocupada. Hoje, através de estratégia de vacinação, estamos conseguindo fazer a imunização em meio rural e urbano. Nos últimos dois dias não tivemos problemas com o quantitativo das vacinas”, contou. “Necessitamos de um olhar em cima das nossas dificuldades. Que o estado nos veja como um lugar que está precisando de ajuda. Olhem para o hospital do município e nos deem recurso, seja financeiro ou com veículo para transferência dos pacientes, e para atendermos da melhor forma possível as pessoas”, pediu.