Um tremor de terra atingiu parte da cidade de Poços de Caldas, no Sul de Minas, no fim da tarde de quinta-feira. Segundo dados do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), o tremor teve magnitude de 3.2 na escala Richter. O Corpo de Bombeiros da cidade informou que não há ocorrências relacionadas ao fenômeno registrado ontem.
Conforme o relatório da universidade, o tremor ocorreu às 17h15 (horário de Brasília), a uma profundidade de 5 quilômetros. O último tremor de terra no município havia sido registrado em fevereiro de 1995, com 2.2 na escala Richter. O mais forte, ainda segundo o relatório, ocorreu em 27 de fevereiro de 1950, com magnitude de 3.9.
“Eu estava aqui na sala e tremeu mesmo. Estava com meu filho e ele disse 'nossa, mãe, o que é isso?'. Daí depois a gente ficou sabendo o que tinha acontecido. Foi por volta das 17h”, conta a doméstica Neide Lopes da Silva, moradora do Bairro Caio Junqueira. Segundo ela, eles chegaram a pensar que fosse algum carro estacionando na garagem do prédio. O tremor durou menos de cinco minutos. “Nunca tinha percebido isso. Foi a primeira vez”, diz Neide, que nasceu na cidade.
Moradora do Bairro Jardim Quisisana, a guia de turismo Eliete Maria disse que não houve tremor onde mora, mas recebeu diversos relatos de moradores da cidade. “Ontem foi o maior comentário na rede, todo mundo falando que sentiu. O cachorro da amiga da minha filha ficou latindo pela casa. Ela mora no Bairro Centenário”.
Nas redes sociais, alguns moradores ainda brincaram com a situação, lembrando que a cidade foi construída sobre uma antiga área vulcânica. “Pessoal fala por causa do vulcão, mas acho que é só boato mesmo”, comenta Eliete.
O professor Marcelo Peres Rocha, do Observatório Sismológico da UnB, explica que ainda é preciso analisar o tremor para definir suas causas. “Muito provavelmente, como a grande maioria dos que ocorrem no Brasil, é a liberação de energia sísmica por acúmulo de tensão”, afirma. “O Brasil está dentro de uma placa tectônica sujeita a esforços da abertura do Oceano Atlântico ou da colisão da Placa Sul-Americana com a Placa de Nazca, nos Andes. É como se fosse uma força empurrando de um lado e uma empurrando do outro”, detalha Rocha. A movimentação acaba afetando áreas mais sensíveis no continente.
O professor explica que a determinação rápida dos epicentros atualmentes ocorre por meio da Rede Sismográfica Brasileira, da qual fazem parte a UnB, o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), a Universidade do Rio Grande do Norte e o Observatório Nacional do Rio de Janeiro. A rede é responsável por estudar os fenômenos. Marcelo Rocha também esclarece que a atividade vulcânica no Brasil ocorreu há cerca de 500 milhões de anos e que a elevação citada pelos moradores de Poços de Caldas é vestígio de uma estrutura geológica que existiu na época.
No ano passado, nos meses de março, abril e maio, várias cidades da Região Central de Minas registraram tremores de terra, entre elas Sete Lagoas, Confins e Matozinhos. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, abalos assustaram os moradores de Esmeraldas, Betim, Juatuba e Contagem. O Norte de Minas Gerais também registrou tremores de terra nos últimos anos.
Conforme o relatório da universidade, o tremor ocorreu às 17h15 (horário de Brasília), a uma profundidade de 5 quilômetros. O último tremor de terra no município havia sido registrado em fevereiro de 1995, com 2.2 na escala Richter. O mais forte, ainda segundo o relatório, ocorreu em 27 de fevereiro de 1950, com magnitude de 3.9.
“Eu estava aqui na sala e tremeu mesmo. Estava com meu filho e ele disse 'nossa, mãe, o que é isso?'. Daí depois a gente ficou sabendo o que tinha acontecido. Foi por volta das 17h”, conta a doméstica Neide Lopes da Silva, moradora do Bairro Caio Junqueira. Segundo ela, eles chegaram a pensar que fosse algum carro estacionando na garagem do prédio. O tremor durou menos de cinco minutos. “Nunca tinha percebido isso. Foi a primeira vez”, diz Neide, que nasceu na cidade.
Moradora do Bairro Jardim Quisisana, a guia de turismo Eliete Maria disse que não houve tremor onde mora, mas recebeu diversos relatos de moradores da cidade. “Ontem foi o maior comentário na rede, todo mundo falando que sentiu. O cachorro da amiga da minha filha ficou latindo pela casa. Ela mora no Bairro Centenário”.
Nas redes sociais, alguns moradores ainda brincaram com a situação, lembrando que a cidade foi construída sobre uma antiga área vulcânica. “Pessoal fala por causa do vulcão, mas acho que é só boato mesmo”, comenta Eliete.
O professor Marcelo Peres Rocha, do Observatório Sismológico da UnB, explica que ainda é preciso analisar o tremor para definir suas causas. “Muito provavelmente, como a grande maioria dos que ocorrem no Brasil, é a liberação de energia sísmica por acúmulo de tensão”, afirma. “O Brasil está dentro de uma placa tectônica sujeita a esforços da abertura do Oceano Atlântico ou da colisão da Placa Sul-Americana com a Placa de Nazca, nos Andes. É como se fosse uma força empurrando de um lado e uma empurrando do outro”, detalha Rocha. A movimentação acaba afetando áreas mais sensíveis no continente.
O professor explica que a determinação rápida dos epicentros atualmentes ocorre por meio da Rede Sismográfica Brasileira, da qual fazem parte a UnB, o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), a Universidade do Rio Grande do Norte e o Observatório Nacional do Rio de Janeiro. A rede é responsável por estudar os fenômenos. Marcelo Rocha também esclarece que a atividade vulcânica no Brasil ocorreu há cerca de 500 milhões de anos e que a elevação citada pelos moradores de Poços de Caldas é vestígio de uma estrutura geológica que existiu na época.
No ano passado, nos meses de março, abril e maio, várias cidades da Região Central de Minas registraram tremores de terra, entre elas Sete Lagoas, Confins e Matozinhos. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, abalos assustaram os moradores de Esmeraldas, Betim, Juatuba e Contagem. O Norte de Minas Gerais também registrou tremores de terra nos últimos anos.