A Prefeitura de Ladainha, no Vale do Mucuri, notificou a morte de um morador da sede do município por febre amarela, mas a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) afirma não ter informações que indiquem possibilidade de que o caso seja de febre amarela urbana – não há registros da doença em Minas desde 1942.
Segundo o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES/MG, Rodrigo Said, o caso é investigado da mesma maneira que os outros.
O caso em questão é de um homem de 47 anos, morador do Bairro da Liberdade. Segundo o prefeito de Ladainha, Walid Nedir, o homem não teve contato com a zona rural recentemente. O próprio Nedir, no entanto, considera mais provável ocorrência da febre amarela silvestre. "Ladainha é uma cidade diferente, cercada por mata atlântica. O que aconteceu é que o homem de 47 anos, que morava na área urbana, teve todos os sintomas dos outros pacientes moradores da área rural e nós repassamos a informação para a secretaria. Só que perto da casa dele tem uma área de mata e vizinhos relataram que apareceu um macaco morto", afirma.
A morte de primatas (epizootia) é indício de circulação da doença transmitida em meio silvestre.
O Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, também transmite a febre amarela nos centros urbanos. No ambiente silvestre, o transmissor é o mosquito Haemagogus. "A partir de agora, a secretaria que vai investigar”, afirma o prefeito. Ladainha é a cidade mineira que tem mais casos suspeitos de febre amarela notificados pela SES/MG, com 31 registros. .