Investigações da Polícia Civil apontam que Leonardo Henrique da Silva, de 26 anos, principal suspeito da morte de duas mulheres de 34 e 47 anos, teve ajuda do irmão mais novo, Marco Aurélio da Silva, de 28, na execução do crime em Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto.
De acordo com os agentes, em outubro, familiares das duas mulheres fizeram registro do desaparecimento de I.M.R, de 34 anos, no dia 16, e C.A.F.M, de 47, no dia 23, data em que o corpo da primeira foi encontrado em uma mata.
No dia seguinte, foi localizado o corpo da segunda mulher. A delegada responsável pelo caso, Adriana Pereira, informou que o corpo de I.M.R. foi encontrado muito próximo à Gruta da Lapa, já C.A.F.M, a cerca de dois quilômetros do local.
Segundo a polícia, o assassinato da segunda vítima está relacionado ao da primeira, e seria uma queima de arquivo para ocultar a morte de I.M.R..
Operação
Para se chegar a Leonardo Henrique, que passou a ser chamado como o “maníaco da gruta”, a delegada explica que foi feita uma intensa investigação junto à população da região.
“Na data da captura, recebemos a informação de que o investigado estaria viajando a pé pela rodovia BR-356, em Itabirito. De imediato, a mensagem foi repassada à equipe da delegacia. Já Marco Aurélio foi preso em Antônio Pereira.
Ela completa que os suspeitos não confessaram autoria, mas a investigação revelou que nos dois casos foi empregada a mesma forma de abordagem violenta.
Os dois suspeitos têm antecedentes criminais por tráfico de drogas, sendo que Leonardo já foi preso também por estupro, em 2009, permanecendo no presídio até junho de 2016, quatro meses antes dos novos casos.
Laudos
“No laudo de necropsia da primeira mulher, devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível constatar sinais, mas no laudo preliminar da segunda, é possível identificar lesões típicas de tortura e de violência sexual”, observa.
A Polícia Civil informou que aguarda o laudo conclusivo de necropsia da segunda mulher e que também serão ouvidas novas testemunhas para finalizar o inquérito e encaminhá-lo à Justiça.
Prisões
Leonardo chegou a ser conduzido à delegacia pela Polícia Militar, dois dias após a localização do corpo de C.A.F.M, porém não havia elementos para ratificar a prisão. Os irmãos foram encaminhados ao sistema prisional e estão à disposição da Justiça.