O número de pacientes com suspeita de febre amarela não para de crescer em Minas Gerais. Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgados na tarde desta segunda-feira mostram que 152 casos suspeitos da doença foram notificados neste ano, um aumento de 14,2% em relação ao último boletim de sexta-feira. As mortes investigadas também subiram. Saíram de 38 para 47, alta de 23,6%.
Em relação as mortes, a análise inicial mostrou que, à princípio, 22 foram causadas por febre amarela. A situação mais crítica é de Ladainha, no Vale do Mucuri, que teve oito mortes confirmadas. Segundo a Prefeitura da cidade, 16 moradores já morreram com sintomas da doença. Também há confirmação preliminar de óbitos em Piedade de Caratinga (4), Ipanema (2), Malacacheta (2), Imbé de Minas (1), Ubaporanga (1), São Sebastião do Maranhão (1), Itambacuri (1), Poté (1) e Setubinha (1).
No Hospital Eduardo de Menezes, unidade referência para tratamento de doenças infecciosas que faz parte da estrutura montada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) em Belo Horizonte para dar resposta ao surto da doença, três pessoas do interior de Minas Gerais morreram. Segundo a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), duas pessoas morreram na última quinta-feira e a terceira morte foi registrada na madrugada de domingo.
Outras vinte e três pessoas seguem internadas na unidade de saúde que fica no Bairro Bonsucesso, na Região do Barreiro, sendo duas no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Nesta segunda-feira, foram instaladas telas com inseticidas nas alas do hospital onde estão internados os pacientes com a suspeita da doença e também no entorno da creche da instituição. O objetivo é aumentar os cuidados contra o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, a zika e a febre chikungunya. Em ambientes urbanos, o mosquito também pode transmitir a febre amarela, o que explica essa ação.