A procura é intensa, sobretudo, em postos nos arredores do Bairro Milionários, na Região do Barreiro, onde funciona o Hospital Eduardo de Menezes. É lá que estão internados 24 pacientes do interior com suspeita da moléstia. O medo tanto de moradores da área quanto de funcionários é que mosquitos da espécie Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – piquem os doentes, podendo propagar a doença.
Apenas no posto Bonsucesso, a cerca de 500 metros do hospital, aproximadamente 400 vacinas foram aplicadas ontem, segundo uma funcionária. Vale reforçar que a instituição não ficou inerte diante dessa possibilidade: telas com inseticidas foram instaladas nas alas que recebem os doentes e na creche que funciona no lugar.
Também foi instalada uma ovitrampa, que são armadilhas com cor e cheiro para atrair a fêmea do mosquito. Capturadas, técnicos podem avaliar a concentração de ovos do mosquito da dengue. Na prática, a ação permite monitorar a presença do vetor na vizinhança.
Apesar disso, Igor Microni, motorista no Eduardo de Menezes, foi ao posto do Bonsucesso se prevenir: “Tenho que me cuidar.
Eles chegaram ao posto de saúde depois do almoço. Conversaram com Ronaldo da Silva, de 57, que também trabalha na instituição de saúde e curtirá férias a partir de 23 de janeiro, quando pretende viajar para cidades próximas às dos focos da febre amarela. O efeito da vacina, contudo, começa 10 dias depois da dose. “Por isso vim hoje. Quando completar os 10 dias, já estarei de férias. E poderei viajar”.
Diferentemente do posto de saúde do Bonsucesso, há unidades sem injeções, como o posto do Bairro Padre Eustáquio, onde uma funcionária informou que não há prazo para a chegada de novas doses. Também faltam doses num posto nos bairros Renascença e Ozanan. A Secretaria Municipal de Saúde informou que recebeu novo estoque, de 50 mil doses, na sexta-feira e que, se necessário, a Secretaria Estadual da área se dispôs a disponibilizar número maior de injeções..