Silva participa de uma reunião convocada pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em que os familiares de detententos da Grande BH falam sobre a situação dos presídios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O encontro não estava na pauta e a imprensa não foi autorizada a acompanhá-lo, segundo os organizadores, para dar mais privacidade aos familiares dos presos, que fariam denúncias e reclamações.
O secretário adjunto da Seap confirmou a apreensão de celulares dentro do presídio. Segundo ele, a operação pente-fino na unidade não havia terminado até o fim da tarde passada, já que a complexidade do procedimento resulta em demora. “Porque verificamos, não só a Secretaria como todo o Brasil, que foram postados vários vídeos e áudios e isso é vedado pela legislação. Não pode ter celular lá dentro.
Segundo Silva, o estado está alerta para evitar novas crises nas demais unidades prisionais de Minas. “Temos informações dos serviços de segurança, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal. As nossas forças de segurança atuam de forma bem articulado e então compartilhamos as informações. E desde que eclodiram esses movimentos no Amazonas, muito antes, a gente já vinha tendo uma vigilância, uma atenção com o sistema prisional. A gente tem esse problema crônico da superlotação e em razão disso a segurança está reforçada”, diz.
Denúncias
O deputado Rogério Correia (PT), da Comissão de Direotos Humanos da ALMG, informou que as famílias pediram o encontro para reclamar de maus tratos aos detentos. Eles voltaram a reclamar da atuação do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que estaria agindo com violência contra os presos. Participam do encontro familiares de detentos da Nelson Hungria, da Gameleira, do Presídio de São Joaquim de Bicas, Nova Lima, Ribeirão da Neves, José Martinho Drummond e da Dutra Ladeira.
Elivânia Pereira dos Santos tem dois filhos na Penitenciária Dutra Ladeira. Ela alega que os detentos enfrentam condições precárias no local. “Melhoria na água.
TENSÃO Durante a entrevista do secretário adjunto da Seap à imprensa, ainda do lado de fora, houve um momento de tensão. O advogado Gregorio de Andrade, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG) tentou intervir na fala de Robson Lucas. Andrade disse que os representantes não foram autorizados a entrar na Dutra Ladeira na terça-feira, quando dezenas de parentes de presos ainda se aglomeravam na porta do local atrás de notícias.
O secretário disse que a entrada de advogados foi vetada para evitar confusões e eventuais favorecimentos, já que eles têm clientes no presídio, e que a entrada seria permitida após a normalidade dos trabalhos. Já o representante da comissão da OAB questionou a restrição da entrada e disse que Silva não está revelando a real situação dos presídios. .