Uma das últimas a fazer o cancelamento da festa foi Ouro Branco. A prefeitura informou que passa por um período de ajuste econômico e, por isso, decidiu não realizar o evento. “O novo governo municipal busca, neste início de mandato, regularizar as contas da prefeitura e, para isso, está tomando medidas de cortes de gastos e priorizando a realização dos serviços essenciais à população, como saúde e educação. O objetivo é que, o mais breve possível, nossos munícipes possam ser atendidos plenamente em todas as áreas da esfera pública de lazer, como também na cultura e no esporte”, disse, por meio de nota.
De acordo com a administração municipal, a decisão foi tomada “em vista dos altos custos que seriam gerados para a realização do evento de acordo com os padrões sanitários e de segurança adequados, o atendimento necessário aos foliões e a promoção de uma programação de boa qualidade para a população”.
Situação parecida ocorre em Pouso Alegre. Em 12 de janeiro, a prefeitura comunicou o cancelamento da festa em função da situação financeira. “Qualquer possibilidade de subvenção ao carnaval pouso-alegrense tornou-se inviável em virtude das novas diretrizes estabelecidas pela prefeitura, que priorizarão as demandas essenciais da população, mesmo tendo consciência do valor cultural do evento”, informou a administração municipal, em nota.
Em Uberlândia, a prefeitura decidiu não investir na folia. Em 6 de janeiro, a administração municipal decretou calamidade financeira em função de “dívidas deixadas pela gestão anterior”. Por causa disso, decidiu suspender “aplicação de verba pública em festividades em geral. Sobre a possibilidade de realização do desfile com a organização da entidade que reúne as escolas de samba, a emissão do alvará segue o mesmo trâmite dos demais eventos”.
A prefeitura informou que se reuniu na terça-feira da semana passada com representantes da Associação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Uberlândia (Assosamba). Por meio de nota, a administração informou que “está à disposição para ajudar no que for necessário (no carnaval), desde que não envolva o uso de recursos públicos”.
Outra cidade que não vai investir no carnaval é Patos de Minas. De acordo com a prefeitura de, nenhuma programação foi feita neste ano. O motivo é a situação financeira do município. “Tem outras prioridades, como limpeza da cidade e atenção à saúde”, afirmou a administração municipal.