O decreto de emergência feito pela prefeitura de Belo Horizonte por causa dos estragos provocados por temporais em dezembro foi reconhecido nesta quarta-feira pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional. Com o ato, a administração municipal garante o acesso às ações do órgão, como assistência, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação das áreas danificadas. Outra cidade mineira que teve o reconhecimento foi Central de Minas, localizada na Região do Rio Doce.
A capital mineira decretou situação de emergência em 13 de dezembro por causa de temporais que causaram danos. A Avenida Vilarinho, em Venda Nova, foi atingida por enchentes. Passageiros de dois ônibus ficaram ilhados no meio da via. No Bairro Jardim Felicidade, na Região Norte da cidade, quatro meninas foram arrastadas pela enxurrada quando seguiam para a escola. Duas delas são irmãs e ficaram presas debaixo de um carro.
De acordo com o Governo Federal, além de viabilizar o acesso aos kits de ajuda humanitária, recursos materiais e financeiros para o restabelecimento de serviços essenciais, “o reconhecimento federal também permite que as Prefeituras tenham direito a outros benefícios, como a renegociação de dívidas no setor de agricultura junto ao Banco do Brasil e o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a retomada da atividade econômica nas regiões afetadas”.
As administrações municipais precisam encaminhar a documentação comprovatória para análise da equipe técnica da Sedec, para ter acesso as medidas.
Chuva em MG
Minas Gerais já registrou 18 mortes no período chuvoso 2016/2017. A última vítima foi um homem, de aproximadamente 50 anos, que ainda não foi identificado. O corpo dele foi localizado na última segunda-feira em Passos, no Sul de Minas. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), ele foi arrastada pela enxurrada durante um temporal na cidade no domingo.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, dos 30 municípios afetados pelas tempestades, 17 decretaram situação de emergência. As chuvas deixaram 2.396 pessoas desalojadas e 223 desabrigadas. Até o momento, 61 casas foram destruídas. .