Funcionários denunciam problemas em telas para conter insetos no Hospital Eduardo de Menezes

Um protesto foi realizado por um grupo de 50 pessoas na porta da unidade nesta quarta-feira. A Fhemig afirmou que os problemas serão corrigidos

João Henrique do Vale Gustavo Werneck
Manifestantes se reuniram na porta do Hospital Eduardo de Menezes - Foto: Leandro Couri/EM/D.A>Press

Funcionários ligados à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) fizeram uma manifestação na tarde desta quarta-feira em frente ao Hospital Eduardo Menezes, no Bairro Bonsucesso, na Região do Barreio, em Belo Horizonte. Na porta da unidade, aproximadamente 50 manifestantes fizeram denúncias de falta de estrutura para atender pacientes com febre amarela, problemas com telas instaladas para conter a entrada de insetos e falta de soro.

Com faixas, cartazes e apitos, os funcionários, que estão há um mês de greve, iniciaram o protesto por volta das 14h. Segundo Mônica Abreu, Conselho de Usuários da Rede Fhemig, afirmou que o hospital está em condições precárias. Segundo ela, na ala C, as paredes não receberam as telas para conter os Aedes aegypti. “Foram colocadas apenas no CTI e no semi-intensivo. Tem algumas que estão rasgadas. Além disso, está em falta de soro”, afirmou.
A colocação de telas no hospital, que é referência em doenças infecciosas, começou a ser feita depois que passou a receber pacientes que contraíram febre amarela em outras cidades mineiras.

Telas rasgadas no hospital - Foto: DivulgaçãoDepois do protesto, os funcionários seguiram em direção ao Hospital Júlia Kubitschek onde fizeram a doação de sangue no Hemominas. A ideia, segundo o movimento, é incentivar a doação por parte dos funcionários para ajudar os pacientes que estão com febre amarela.

Por meio de nota, a Fhemig explicou a situação no hospital. Sobre as telas, informou que elas serão colocadas em toda a unidade, mas que ainda não deu tempo. “As telas foram apenas colocadas na UTI, semi-intensivo , e creche. Ainda não houve tempo hábil para colocar nas outras dependências. Quanto a possíveis danos, serão corrigidos”, disse.

Em relação a falta de soro, negou a informação e disse que o laboratório está funcionando normalmente. “Todos os pacientes com suspeita de febre amarela estão tendo acesso a higienização, alimentação, e acompanhante. Quanto à falta de estrutura, o HEM é o único hospital referência da região para receber os casos, e portanto, está preparado para tal”, finalizou. .