Na manhã de ontem, a reportagem do Estado de Minas visitou dois postos de saúde na Região Leste da capital e conferiu como o aumento da demanda afetou o funcionamento dessas unidades. No Centro de Saúde Marco Antônio de Menezes, no Bairro Sagrada Família, as doses já haviam acabado no meio da manhã, enquanto no Centro de Saúde Horto, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) se espremiam na pequena recepção à espera de atendimento. “Não estamos em campanha, mas houve um aumento muito grande em razão do medo das pessoas por causa do surto no interior.
E enquanto não param de chegar, pacientes reclamam do atendimento. Uma delas, que preferiu não se identificar, queixou-se da desorganização na triagem e da infra-estrutura precária da unidade. “Está tudo muito bagunçado. Pacientes vindo consultar, buscar remédios e mais um monte de gente querendo se vacinar, tudo isso misturado. Já vi muita gente voltar porque o tempo de espera é enorme”. A reportagem do EM chegou a constatar até 2 horas de espera.
Por meio de nota, a Secretaria informou que com o aumento da procura pela vacina, as equipes dos centros de saúde estão readequando o fluxo de atendimento e que, em algumas unidades houve uma separação do atendimento para a vacina de febre amarela das demais vacinas de rotina. Destacou ainda que não há surto da doença na capital e o município não está em campanha de vacinação contra a doença, mas sim que a vacina faz parte da rotina das unidades, ou seja, estão disponíveis durante todo o ano. Na última sexta-feira, 13, BH recebeu novo estoque da vacina, com cerca de 50 mil doses. Caso seja necessário, a Secretaria de Estado de Saúde já se dispôs a entregar um número maior de vacinas, que estão disponíveis nos 150 centros de saúde da capital e também no Serviço de Atenção ao Viajante (Rua Paraíba, 890 – Savassi), além de outras unidades conveniadas (Sesc Saúde São Francisco, Sesc Tupinambás, Hospital Militar, IPSEMG, e Abertta Saúde)..