Os nomes dos envolvidos não foram divulgados. Segundo a Polícia Federal, o homem já possuía um revólver calibre 38 e uma arma longa. Ele queria adquirir mais duas armas, mas sua pretenção foi negada pela PF porque a justificativa apresentada por ele (defesa pessoal), já era garantida pelas armas que ele possuía anteriormente.
Conforme a polícia, para tentar o porte das outras armas, o suspeito teria simulado a transferência do revólver e da arma longa para sua mãe. Para tanto, ele teria contado com a participação de um despachante, de uma psicóloga credenciada junto à PF e de um instrutor de tiro também credenciado junto à PF.
A polícia diz que cada um deles teria desempenhado um papel na simulação, com a produção de procuração, laudo de avaliação psicológica e dois laudos de capacitação técnica de tiro falsos.
O que chamou a atenção dos policiais federais foi o fato de uma idosa de 78 anos ter alcançado supostos índices de 100% de aproveitamento no teste prático, tanto para o revólver quanto para a arma longa, e de 90% de aproveitamento no teste teórico, também em ambas as armas, o que é atípico mesmo entre atiradores experientes. Conforme a PM, segundo suas alegações, a idosa nunca teria realizado prova prática de tiro nem teria conhecimento de quem era o despachante que se dizia seu procurador.
O inquérito será encaminhado à Justiça. Se condenados, o filho da idosa poderá cumprir até nove anos de prisão, o despachantea até seis anos, e a psicóloga e o instrutor de tiro, três anos, além de perderem o credenciamento junto à Polícia Federal..