A lista de medidas foi dividida em cinco eixos temáticos: são ações de gestão; vacinação; controle vetorial; organização de rede de assistência e atendimento a pacientes; além da divulgação de informações. “O Estado criou um grande movimento para sensibilização das prefeituras, secretarias de saúde e profissionais envolvidos no atendimento aos pacientes”, informou Said. No primeiro quesito, ele citou o repasse de R$ 26 milhões para os municípios prioritários adotarem ações contra o surto; a publicação do decreto de emergência em saúde pública regional, a criação de uma sala de situação para discussões e tomadas de providências, além da realização de dois seminários sobre o tema: um em Caratinga e outro em Teófilo Otoni.
Presente na coletiva de imprensa, o secretário de estado de Saúde, Sávio Souza Cruz, falou sobre o anúncio de R$ 26 milhões e reconheceu que parte deste valor – aproximadamente R$ 14 milhões – se refere ao repasse em atraso para área de atenção básica à saúde.
No que diz respeito ao controle vetorial, Said explicou que está sendo feita a aplicação de inseticidas contra o mosquito Haemagogus (vetor do vírus da febre amarela) na área rural e nos limites da área urbana dos municípios com registro de casos. Também enviamos profissionais, equipamentos e veículos para essas regiões. Para melhorar a rede de atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), a SES informou ter adotado estratégias para abertura de novos leitos, além de abrir outros de retaguarda no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. Foram encaminhados ainda aos municípios materiais e insumos e foi feita a capacitação de profissionais dessas áreas com envio de equipes da SES e do Ministério da Saúde para discussão de casos clínicos.
A inclusão da vacina de febre amarela no calendário regular no estado ocorreu a partir dos anos 2000. Desde então, as crianças vêm sendo imunizadas. Ainda assim, se manteve baixa a cobertura vacinal. A média dos últimos 10 anos mostra que apenas 49,7% da população mineira tomou a vacina..