Por causa do pior surto de febre amarela da história de Minas Gerais, dois parque estaduais foram fechados por tempo indeterminado. A restrição de visitação acontece nos Parques Estaduais do Rio Doce e Serra do Brigadeiro. As duas áreas verdes ficam em regiões onde há registro de casos da doença. A medida, segundo o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), foi tomada depois de uma solicitação da Secretaria de Estado de Saúde (SES).
O Parque Estadual do Rio Doce está localizado entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio. Já a Serra do Brigadeiro fica nas regiões de Araponga, Fervedouro, Miradouro, Ervália, Sericita, Pedra Bonita, Muriaé e Divino.
“As UCs são as principais a receber visitação pública da região diretamente afetada pelo surto de Febre Amarela que se acomete sobre o Estado. A intenção do Sisema é, dessa forma, preservar visitantes e funcionários de um possível contato com o vírus, que é transmitido pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes em ambiente silvestre e, em ambiente urbano, pelo Aedes aegypti”, informou em nota o Sisema. De acordo com o órgão, as Unidades de Conservação retomarão suas atividades normais tão logo a situação seja devidamente contornada na região.
Minas Gerais passa por seu pior surto da febre amarela da história. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) confirmou nesa quinta-feira que 23 pessoas morreram depois de contraírem o vírus no estado. Outros 31 óbitos suspeitos são investigados. Segundo o balanço, foram 206 casos notificados e 34 confirmados.
Dados oficiais de Minas Gerais mostram que em 2001 houve uma epidemia no Centro-Oeste mineiro, quando 12 municípios registraram 32 casos e 16 óbitos pela forma silvestre da febre amarela. Já em dezembro de 2002, começou um novo surto na Região do Alto Jequitinhonha, com seis cidades atingidas, 64 casos e 23 mortes. Nas dua ocasiões foi adotada a vacinação casa a casa para frear o avanço da doença. Em 2008 e 2009, houve duas confirmações de casos, no Noroeste do estado e na Zona da Mata. Nenhum caso humano de febre amarela silvestre foi registrado entre 2010 e 2016.
O Ministério da Saúde tem estatísticas nacionais dos últimos 10 anos. Em 2008, 27 pessoas morreram oficialmente pela doença, de um total de 46 casos. Se confirmados todos os diagnósticos suspeitos em Minas, o estado terá o maior e mais letal surto da doença no país da última década.