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Estado de Minas

Vizinho é preso suspeito de estrangular cabeleireiro com fio de secador em Contagem

O homem foi preso pela polícia com materiais roubados do salão de belezas onde aconteceu o crime. Ele foi apresentado na tarde desta sexta-feira pela Polícia Civil


postado em 20/01/2017 16:52 / atualizado em 20/01/2017 17:18

Cabeleireiro foi assassinado em dezembro(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Cabeleireiro foi assassinado em dezembro (foto: Reprodução/TV Alterosa)

A morte do cabeleireiro Ricardo Antônio Martins, 41 anos, encontrado dentro de um salão de belezas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em dezembro, foi solucionada pela Polícia Civil. Um vizinho dele, Marcelo Gomes Teixeira, 36 anos, foi preso pelo assassinato. Ele foi apresentado na tarde desta quinta-feira. O homem já tem passagens pela polícia por estelionato e homicídio.

O crime ocorreu em 21 de dezembro no bairro Glória. A vítima foi encontrada com os braços amarrados e estrangulada com o fio de um secador. A Polícia Militar (PM) foi acionada por uma vizinha que estranhou o sumiço do homem. Ela também relatou que ouviu gritos vindo do estabelecimento. Além disso, ela contou ter recebido mensagens de texto desconexas vindas de Ricardo.

Momentos depois das mensagens, ela ligou diversas vezes para o celular e o telefone fixo do vizinho, até que, por fim, um homem atendeu e explicou que estava tudo bem, mas que tinha bebido muito. A mulher não soube dizer se era Ricardo ou o assassino se passando por ele.Segundo a PM, mesmo depois da ligação, a testemunha continuou preocupada e foi até a rua para ver se percebia algo. Ela contou que viu um homem, que não era Ricardo, carregando uma escada do lado de fora da casa. O homem, ao notá-la, voltou para o interior do salão e ficou observando a rua pela janela, escondido atrás de uma persiana.

O homem era Marcelo. Segundo as investigações, ele morava há três meses em uma casa próxima a do cabeleireiro. “Ele começou a se aproximar da vítima por meio do Facebook e de mensagens. Chegou a levar queijo para o cabeleireiro e o chamar para almoçar. Ricardo chegou até a reclamar com amigos da aproximação”, explicou a delegada Gislaine de Oliveira Rios, responsável pelo caso.

Depois do crime, Marcelo se mudou para uma casa no Bairro Novo Eldorado. Com os indícios conseguidos na investigação, a delegada pediu a prisão temporária que foi cumprida nesta semana. No imóvel do homem, foi encontrado o CPU e um celular do cabeleireiro que foram levados.

Corpo da vítima foi encontrado em salão de belezas(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Corpo da vítima foi encontrado em salão de belezas (foto: Reprodução/TV Alterosa)


Segundo a polícia, um possível poder aquisitivo da vítima pode ter chamado a atenção de Marcelo. “A vítima tinha diversas dívidas com agiotas, mas acabou mostrando status muito além que era. Ele reformou o salão, estava com carro zero, e isso pode ter atraído. Marcelo é um estelionatário com passagens por homicídio”, comentou a delegada. Segundo ela, duas linhas de investigação são analisadas. A primeira que Marcelo tenha se aproximado para poder extorquir o cabeleireiro. A outra é que tenha entrado na casa e visto que não tinha nada de valor. Com isso, cometeu o assassinato.

Em depoimento, Marcelo negou o crime. Disse que estava dormindo quando o fato aconteceu e que o CPU da vítima foi deixado no quintal da casa dele. “O interessante é que a mulher de Marcelo fez um boletim de ocorrência há um mês relatando ter sofrido agressões dele. Ele chegou a tentar estrangulá-la. Até marcas de dedos ficaram no pescoço dela”, disse a delegada.


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