Pré-carnaval na Rua Alberto Cintra, em BH, tem confusão entre foliões e PM

Militares usaram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar multidão que fechava a via. Moradores fizeram vários denúncias para os policiais

João Henrique do Vale
Segundo a PM, cerca de 2 mil pessoas participaram da festa - Foto: Reprodução/Twitter
O que era para ser uma noite de diversão e alegria, terminou em tumulto na madrugada deste sábado na Rua Alberto Cintra, no Bairro União, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Aproximadamente 2 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar (PM), faziam uma festa de pré-carnaval e fechavam a via. Moradores reclamaram do barulho e acionaram a PM. As viaturas, segundo consta no boletim de ocorrência, foram atingidas por garrafadas. Os militares utilizaram bomba de gás lacrimogêneo e deram tiros de balas de borracha para dispersar a multidão. Um adolescente de 15 anos acabou detido.

As reclamações por causa do barulho de sons automotivos e pelo fechamento da via começaram por volta das 22h. Segundo a PM, até as 0h foram recebidas sete solicitações da presença dos militares.
Os moradores questionaram a grande aglomeração de pessoas, som alto e fechamento de via pública.

De acordo com a PM, as viaturas chegaram ao local e os policiais pediram a desocupação da via com o uso de um megafone. Durante os pedidos, como consta no boletim de ocorrência, alguns frequentadores começaram a arremessar garrafas de vidro contra os veículos e os policiais. Pouco depois da 0h, os militares usaram munição de elastômetro e bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

Foi pedido reforço de viaturas de outras companhias que não são da área para poder conter a situação. O helicóptero da corporação ajudou na ação. Um adolescente de 15 anos foi detido pelo juizado de menores depois de lançar garrafas contra os policiais. Segundo a PM, o garoto confirmou que jogou o objeto contra os militares. Duas viaturas foram danificadas.

Por meio das redes sociais, dezenas de internautas comentaram a situação do local. “Bem ruim morar perto da Alberto Cintra, cada hora é um carro de polícia descendo a rua voando”, reclamou Altina Rayssa. “Ai cê (sic.) mora do lado da Alberto Cintra e fica escutando sirene de policia e povo gritando plena madrugada”, afirmou Gabriella Maiab, que completou. “Mano, Alberto Cintra é assim, vai chegando carnaval e vira bagunça”.

Outros reclamaram do tumulto. “Alberto Cintra perto de carnaval não dá não, só b.o”, comentou Gabi Dutra.
“A Alberto Cintra virou uma verdadeira praça de guerra, e quase sobrou para mim”, contou Thomás Dória. “Estou em estado de choque pós Alberto Cintra”, disse Alanis Costa. .