Reforços da PM foram enviados à Arena para evitar tumulto na saída do público que já aguardava o show - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press
Os foliões de Belo Horizonte tiveram um sábado de diversão na capital mineira com ensaios de blocos de rua estreantes e veteranos, mas quem pretendia se aquecer para o carnaval no show da cantora Cláudia Leitte terminou frustrado. O espetáculo foi cancelado no fim da tarde por falta de segurança, quando parte do público já estava a postos. Centenas de pessoas tiveram que voltar para casa. Algumas chegaram a entrar na Arena BH, na Avenida Clóvis Salgado, na Pampulha, mas tiveram que sair. Organizadores deram a notícia por meio de um microfone. O evento foi remarcado para 4 de fevereiro. Por meio do Instagram, Cláudia Leitte lamentou o cancelamento, mas reconheceu que “a integridade dos fãs é fundamental”. “Estou triste, mas como nunca desanimo, tenho certeza de que logo matarei esta saudade dos meus mineiros”, afirmou.

O evento Minas Bahia estava marcado, inicialmente, para ocorrer na Serraria Souza Pinto.

Porém, o local foi alterado pelos organizadores “para dar mais comodidade ao público”.  Com a mudança do endereço, entretanto, não houve tempo hábil para a avaliação do Corpo de Bombeiros. Por isso, o alvará não foi concedido. A organização do evento entrou com um pedido na Justiça para tentar reverter a decisão, mas a solicitação foi negada ontem e o show cancelado.

Dois micro-ônibus da PM e várias viaturas estiveram no local para evitar tumulto na saída das pessoas que já estavam na região para assistir ao show. Não houve registro de confusão. Mesmo assim, algumas pessoas se mostraram indignadas. Um deles é o estudante de engenharia aeronáutica Pedro Lessa, de 22 anos. “Paguei R$ 250 para o camarote open bar. Não quero voltar em 4 de fevereiro. Quero meu dinheiro de volta”, afirmou. Já o estudante de engenharia civil João Campos, de 23, criticou a produção do evento. “A falta de alvará é um amadorismo muito grande dos organizadores”, disse. O Estado de Minas tentou contato com a produção do evento, mas não obteve uma posição oficial sobre o tema.

O bloco veterano Baianas Ozadas afinou os instrumentos pela manhã, prestigiado por uma multidão - Foto: Tulio Santos/EM/D.A Press

Diversão

Mais cedo, a folia correu solta em BH. Os ensaios blocos de rua atraíram foliões da cidade e até de outros estados, como o soteropolitano Valdir Marques da Silva, de 44 anos, que deixou Salvador para curtir a festa na capital mineira. “Familiares que moram em BH me disseram que o carnaval está bom. Resolvi  ver como o mineiro faz a folia”, disse o cozinheiro, que ontem acompanhou o ensaio do Pega que Sara, um dos novos blocos da cidade, na Praça da Estação.

“É a união de dois grupos de oficina de música, o Pega no piston e o Sopra, contou o trompetista e produtor musical Ygor Rajão, de 30. Ele faz mistério do local e data da saída do bloco: “Não serão divulgados”.

Pela manhã, houve ensaio do Baianas Ozadas, num galpão no Bairro Vera Cruz, na Região Leste, onde uma multidão prestigiou os músicos. O bloco, um dos mais organizados da cidade, sairá da Praça da Liberdade, na segunda-feira de carnaval, às 9h.

As irmãs Jéssica, de 24, e Talita Nepomuceno, de 21, estão entusiasmadas com a festa neste ano. Ontem, elas foram ao ensaio do Baianas Ozadas com a amiga Jéssica Martins, de 31, que se recordou da época em que viajava para outros estados para a festa.

Hoje haverá ensaios do “Me beija que sou pagodeiro”, a partir das 15h, na Avenida Francisco Sá, 1.001, no Prado. Também do Garota, eu vou pro Califórnia, às 10h30, na Rua Leopoldo Bian. Às 16h, será a vez do Garotas Solteiras, na Rua Alagoas, 1.172.

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