O fim de semana foi de folia em vários bairros de Belo Horizonte, onde o carnaval deste ano tem 363 blocos cadastrados, 30% a mais do que a edição passada. Cerca de 100 são estreantes, mas a alegria, garantem os organizadores, é a mesma dos grupos mais experientes.
Os 37 integrantes da bateria fizeram barulho ao som de tambores, surdos, pandeiros, chocalhos e repiques sob os olhares atentos da vizinhança, que espera ansiosa pela primeira apresentação do bloco. Nem mesmo o sol forte tirou a animação deles. Às 10h30, o grupo estava enfileirado e ensaiando os ritmos que pretende levar para o desfile com público estimado de 2 mil pessoas.
Uma das idealizadoras do bloco, a pedagoga Nathália Baêta, de 28 anos, conta que a ideia de criar o “Garota eu vou pro Califórnia” foi do pai dela, Edvaldo Baêta, que sentia falta de um movimento carnavalesco no bairro. “No ano passado, ele se juntou com quatro amigos que têm envolvimento com música e todos toparam. E moradores compraram a ideia. Em abril começaram as oficinas teóricas de percussão e, em agosto, as aulas práticas. Desde então, a gente vem ensaiando todos os fins de semana”.
A estimativa é que o percurso do grupo seja cumprido num período de três horas, com direito a carro de som e vocalista. “Vamos tocar principalmente músicas de axé, mais antigas e funk”, conta Nathália. Ela diz ainda que para o ano que vem a ideia é que o bloco tenha uma ala infantil e dançarinos. “Estamos muito felizes com a criação do bloco, porque realmente o bairro precisava de um movimento de carnaval. E este é um bloco que reúne amigos, familiares, pessoas que se conhecem e se querem bem”, conta.
Quem esteve no ensaio ontem também comemora a chegada da novidade. Uma turma de amigos saiu cedo de casa para apreciar o ensaio e aprovou a afinação da bateria. “É bom ter carnaval perto de casa, com tranquilidade para trazer os filhos, encontrar os amigos”, afirmou a nutricionista Vanessa Celi Wilke, de 36, com a filha Mariana e os muitos amigos do bairro.
DAVID BOWIE A alegria também invadiu o Bairro Funcionários, onde o Ziriggydum Stardust esquentou os foliões, no fim da tarde, na Praça ABC. O bloco é uma homenagem ao cantor e compositor britânico David Bowie, morto em janeiro do ano passado, depois de perder uma batalha de 18 meses contra o câncer.
Os ritmistas, acompanhados por instrumentos eletrônicos, deram um toque carnavalesco ao repertório do músico inglês. Fãs aproveitaram o ensaio para homenagear o cantor. Houve quem pintou no rosto a imagem de um raio colorido, numa lembrança a uma das fotos mais conhecidas do gringo. E houve quem foi ao local usando a máscara do músico.
A estudante Flávia Almeida se diz fã incondicional de Bowie. Por isso, ressalta, “não poderia perder um ensaio em homenagem ao compositor”.
ENCONTRO
Para que tudo ocorra bem neste carnaval, a Belotur realiza, amanhã, no Centro de Referência da Juventude (Praça Rui Barbosa, no Centro) um encontro com integrantes dos 320 blocos de rua cadastrados. Segundo a prefeitura, o evento tem o propósito de discutir diversos aspectos, “como a organização da festa, sua sustentabilidade, viabilidade econômica e, claro, o compartilhamento de experiências”. Haverá ainda um debate sobre a economia da festa para ampliar a visão de negócios dos blocos e estimular seu empreendedorismo.
Os 37 integrantes da bateria fizeram barulho ao som de tambores, surdos, pandeiros, chocalhos e repiques sob os olhares atentos da vizinhança, que espera ansiosa pela primeira apresentação do bloco. Nem mesmo o sol forte tirou a animação deles. Às 10h30, o grupo estava enfileirado e ensaiando os ritmos que pretende levar para o desfile com público estimado de 2 mil pessoas.
Uma das idealizadoras do bloco, a pedagoga Nathália Baêta, de 28 anos, conta que a ideia de criar o “Garota eu vou pro Califórnia” foi do pai dela, Edvaldo Baêta, que sentia falta de um movimento carnavalesco no bairro. “No ano passado, ele se juntou com quatro amigos que têm envolvimento com música e todos toparam. E moradores compraram a ideia. Em abril começaram as oficinas teóricas de percussão e, em agosto, as aulas práticas. Desde então, a gente vem ensaiando todos os fins de semana”.
A estimativa é que o percurso do grupo seja cumprido num período de três horas, com direito a carro de som e vocalista. “Vamos tocar principalmente músicas de axé, mais antigas e funk”, conta Nathália. Ela diz ainda que para o ano que vem a ideia é que o bloco tenha uma ala infantil e dançarinos. “Estamos muito felizes com a criação do bloco, porque realmente o bairro precisava de um movimento de carnaval. E este é um bloco que reúne amigos, familiares, pessoas que se conhecem e se querem bem”, conta.
Quem esteve no ensaio ontem também comemora a chegada da novidade. Uma turma de amigos saiu cedo de casa para apreciar o ensaio e aprovou a afinação da bateria. “É bom ter carnaval perto de casa, com tranquilidade para trazer os filhos, encontrar os amigos”, afirmou a nutricionista Vanessa Celi Wilke, de 36, com a filha Mariana e os muitos amigos do bairro.
DAVID BOWIE A alegria também invadiu o Bairro Funcionários, onde o Ziriggydum Stardust esquentou os foliões, no fim da tarde, na Praça ABC. O bloco é uma homenagem ao cantor e compositor britânico David Bowie, morto em janeiro do ano passado, depois de perder uma batalha de 18 meses contra o câncer.
Os ritmistas, acompanhados por instrumentos eletrônicos, deram um toque carnavalesco ao repertório do músico inglês. Fãs aproveitaram o ensaio para homenagear o cantor. Houve quem pintou no rosto a imagem de um raio colorido, numa lembrança a uma das fotos mais conhecidas do gringo. E houve quem foi ao local usando a máscara do músico.
A estudante Flávia Almeida se diz fã incondicional de Bowie. Por isso, ressalta, “não poderia perder um ensaio em homenagem ao compositor”.
ENCONTRO
Para que tudo ocorra bem neste carnaval, a Belotur realiza, amanhã, no Centro de Referência da Juventude (Praça Rui Barbosa, no Centro) um encontro com integrantes dos 320 blocos de rua cadastrados. Segundo a prefeitura, o evento tem o propósito de discutir diversos aspectos, “como a organização da festa, sua sustentabilidade, viabilidade econômica e, claro, o compartilhamento de experiências”. Haverá ainda um debate sobre a economia da festa para ampliar a visão de negócios dos blocos e estimular seu empreendedorismo.