Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram um avanço da febre amarela em Minas Gerais. Dados divulgados na tarde desta segunda-feira confirmou mais seis mortes pela doença, passando de 25 para 31, um aumento de 28% em relação o último levantamento divulgado na sexta-feira. A situação pode ser ainda maior, pois há 83 óbitos suspeitos. Os números de casos investigados também preocupa. Já são quase 400 notificações. O número de cidades com moradores que contraíram a doença ou com sintomas dela também teve alta. Agora, já são 41 municípios atingidos.
A situação mais crítica segue sendo em Ladainha, na Região do Vale do Mucuri, que tem oito mortes confirmadas da doença. No ranking negativo das mortes Ipanema está em segundo, com 5, seguida de Teófilo Otoni (3), Piedade de Caratinga (2), Malacacheta (2), Imbé de Minas (2), São Sebastião do Maranhão (2), Itambacuri (2), Poté (1), Conceição de Ipanema (1), Setubinha (1), José Raydan (1), Ubaporanga (1).
A Secretaria de Saúde também investiga a morte de um morador de Januária, na Região Norte de Minas Gerais, em um local longe de onde acontece o surto. O homem que morreu tinha 40 anos, era pedreiro, viajou de ônibus e chegou na segunda-feira a Brasilia onde sentiu-se mal e morreu na quarta-feira. O óbito por febre foi confirmado pelo Laboratório Central (Lacen), porém, ainda será apurado pela SES e o Ministério da Saúde.
São Paulo
A situação da febre amarela começa a sair dos limites de Minas Gerais. Casos da doença foram confirmados nesta segunda-feira em São Paulo. O estado teve 13 casos notificados da doença. Destes, três pessoas morreram. Um dos pacientes esteve em Minas e depois começou a sentir os sintomas. Ele morreu em Santana do Parnaíba, no interior paulista. Os outros dois casos confirmados são autóctones, ou seja, com transmissão dentro de SP. Os pacientes são dos municípios de Batatais e Américo Brasiliense. As mortes foram confirmadas pelo laboratório Alberto Lutz.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo informou que outros 10 casos segue sendo investigados. No ano passado, foram confirmados dois casos de febre amarela silvestre em humanos no estado. Os pacientes não resistiram e morreram. Um era de Bady Bassit, sendo que o local provável de infecção é conhecido como “mata dos macacos”, no município de São José do Rio Preto, e outro em Ribeirão Preto, também em área próxima à mata.