A exatamente um mês do carnaval – a sexta-feira de abertura cairá em 24 de fevereiro –, blocos, foliões, ambulantes e demais envolvidos no Reino de Momo esquentam as turbinas para fazer a festa que, segundo estimativas da Belotur, deverá reunir cerca de 2,4 milhões de pessoas nas ruas de Belo Horizonte. Na tarde de ontem, no Centro de Referência da Juventude, na Praça da Estação, na Região Centro-Sul, os organizadores da folia, incluindo o novo presidente da Belotur, Aluizer Malab, se reuniram com os representantes das 320 agremiações para tratar de temas como sustentabilidade, viabilidade econômica, planejamento e logística. Entre as novidades está a possibilidade de os blocos ajudarem a “fantasiar” monumentos da cidade. Em todos os cantos, os sons contagiantes do surdo, dos tamborins e do xequerê anunciam que “a maior farra da Terra” já está perto de começar.
A diretora de economia criativa da Belotur, Marah Costa, disse que o encontro de ontem foi o primeiro de muitos para discutir como gerar renda a partir do carnaval da capital mineira. “Queremos um projeto de carnaval mais duradouro, atuando em diversas frentes que podem gerar economia própria – e sem perder o caráter espontâneo da festa belo-horizontina”, afirma. “Em termos de logística e estrutura, a Belotur já vem trabalhando há cinco anos. Agora a ideia é aprimorar”, completou.
Durante a reunião foi apresentada proposta de os blocos “adotarem” monumentos da capital mineira para enfeitá-los durante a festa, com orientação do artista plástico mineiro Leo Piló, por meio de oficinas. As “fantasias” deverão seguir um conceito reciclável, usando retalhos de roupa para colorir a capital mineira. “A ideia é tornar os monumentos mais amigáveis, chamando a atenção para sua importância”, explicou. As inscrições serão abertas a partir de segunda-feira. Serão oferecidas cerca de 100 vagas e um catálogo com 50 monumentos.
Se de tarde ocorreu o primeiro encontro com os blocos, de manhã foi o último dia para os ambulantes – vendedores de água, cerveja, refrigerantes, salgados e outros produtos – fazerem o cadastramento para trabalhar nas ruas e praças durante o carnaval. As filas dobraram o quarteirão nas proximidades da unidade do BH Resolve, na Avenida Santos Dumont esquina com Rua Rio de Janeiro, no Centro da cidade.
De acordo com a Belotur, o número de cadastrados será divulgado hoje, mas o certo é que, desde o dia 16, quando começou o cadastramento, mais de 4 mil pessoas preencheram a ficha de inscrição, apresentando documentos, para ter direito à credencial. No último dia, teve gente, a exemplo de desempregados, aposentados que recebem um salário mínimo e outros sem ocupação, que madrugou para se cadastrar logo cedo. Alguns chegaram a dormir na fila. O aposentado Sebastião Coelho disse que a atividade durante a folia é uma forma de complementar a renda. “Se estou aqui é porque estou desempregado”, contou um homem que preferiu não se identificar. Já uma aposentada disse que é preciso trabalhar para ajudar em casa e que o carnaval é ótima oportunidade para ganhar um dinheiro extra.
MAMA ÁFRICA A abertura do carnaval da capital será no ritmo africano. Batizado de Kandandu, haverá o grande encontro de Blocos Afro de Belo Horizonte, no palco fixo da Praça Rui Barbosa (Estação), em 24 de fevereiro (sexta-feira) às 19h. Seis blocos da cultura afro da cidade vão se reunir em uma grande celebração, levantando as bandeiras contra a homofobia, que é o tema do encontro de 2017.
Kandandu, que significa “abraço” em Kimbundu (língua africana), chega, de acordo com os organizadores, com um protagonismo diferente, tendo a igualdade racial como ponto de partida para aquele que já é um dos maiores carnavais do país. Já confirmaram presença Afoxé Bandarerê, Angola Jânga, Magia Negra, Fala Tambor, Samba da Meia-Noite, Tambolelê, entre outros. A expectativa é de que cerca de 20 mil pessoas compareçam à festa de abertura.
“As populações negras têm importantíssimo papel na configuração da volta do carnaval de BH para as ruas da cidade. As culturas e tradições afro-brasileiras são patrimônios e precisam ter lugar de destaque nas festividades de BH”, diz o diretor de Eventos da Belotur, Gilberto Castro.
A diretora de economia criativa da Belotur, Marah Costa, disse que o encontro de ontem foi o primeiro de muitos para discutir como gerar renda a partir do carnaval da capital mineira. “Queremos um projeto de carnaval mais duradouro, atuando em diversas frentes que podem gerar economia própria – e sem perder o caráter espontâneo da festa belo-horizontina”, afirma. “Em termos de logística e estrutura, a Belotur já vem trabalhando há cinco anos. Agora a ideia é aprimorar”, completou.
Durante a reunião foi apresentada proposta de os blocos “adotarem” monumentos da capital mineira para enfeitá-los durante a festa, com orientação do artista plástico mineiro Leo Piló, por meio de oficinas. As “fantasias” deverão seguir um conceito reciclável, usando retalhos de roupa para colorir a capital mineira. “A ideia é tornar os monumentos mais amigáveis, chamando a atenção para sua importância”, explicou. As inscrições serão abertas a partir de segunda-feira. Serão oferecidas cerca de 100 vagas e um catálogo com 50 monumentos.
Se de tarde ocorreu o primeiro encontro com os blocos, de manhã foi o último dia para os ambulantes – vendedores de água, cerveja, refrigerantes, salgados e outros produtos – fazerem o cadastramento para trabalhar nas ruas e praças durante o carnaval. As filas dobraram o quarteirão nas proximidades da unidade do BH Resolve, na Avenida Santos Dumont esquina com Rua Rio de Janeiro, no Centro da cidade.
De acordo com a Belotur, o número de cadastrados será divulgado hoje, mas o certo é que, desde o dia 16, quando começou o cadastramento, mais de 4 mil pessoas preencheram a ficha de inscrição, apresentando documentos, para ter direito à credencial. No último dia, teve gente, a exemplo de desempregados, aposentados que recebem um salário mínimo e outros sem ocupação, que madrugou para se cadastrar logo cedo. Alguns chegaram a dormir na fila. O aposentado Sebastião Coelho disse que a atividade durante a folia é uma forma de complementar a renda. “Se estou aqui é porque estou desempregado”, contou um homem que preferiu não se identificar. Já uma aposentada disse que é preciso trabalhar para ajudar em casa e que o carnaval é ótima oportunidade para ganhar um dinheiro extra.
MAMA ÁFRICA A abertura do carnaval da capital será no ritmo africano. Batizado de Kandandu, haverá o grande encontro de Blocos Afro de Belo Horizonte, no palco fixo da Praça Rui Barbosa (Estação), em 24 de fevereiro (sexta-feira) às 19h. Seis blocos da cultura afro da cidade vão se reunir em uma grande celebração, levantando as bandeiras contra a homofobia, que é o tema do encontro de 2017.
Kandandu, que significa “abraço” em Kimbundu (língua africana), chega, de acordo com os organizadores, com um protagonismo diferente, tendo a igualdade racial como ponto de partida para aquele que já é um dos maiores carnavais do país. Já confirmaram presença Afoxé Bandarerê, Angola Jânga, Magia Negra, Fala Tambor, Samba da Meia-Noite, Tambolelê, entre outros. A expectativa é de que cerca de 20 mil pessoas compareçam à festa de abertura.
“As populações negras têm importantíssimo papel na configuração da volta do carnaval de BH para as ruas da cidade. As culturas e tradições afro-brasileiras são patrimônios e precisam ter lugar de destaque nas festividades de BH”, diz o diretor de Eventos da Belotur, Gilberto Castro.
SERVIÇO
Kandandu – Encontro de Blocos Afro no carnaval de BH
Sexta-feira, 24 de fevereiro, às 19h – Abertura do Carnaval
Palco oficial da Praça da Estação, no Centro de BH
Kandandu – Encontro de Blocos Afro no carnaval de BH
Sexta-feira, 24 de fevereiro, às 19h – Abertura do Carnaval
Palco oficial da Praça da Estação, no Centro de BH