Número de mortes por febre amarela chega a 38; óbito é investigado no Sul de Minas

Já foram recebidas pela SES, 393 notificações da doença. Do total, são 67 são casos confirmados. Outras 45 mortes são investigadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES)

João Henrique do Vale
As mortes por febre amarela não param de crescer em Minas Gerais.
Somente de segunda-feira para esta terça-feira, mais seis óbitos foram confirmados. O número saltou de 32 para 38, alta registrada é de 18,7%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). A situação pode ser ainda pior, pois ainda são investigadas 45 mortes por pessoas que tiveram os sintomas da doença. Uma delas é de um morador do Sul de Minas Gerais, que está longe dos municípios com surto. A situação é a mais crítica em 10 anos, segundo o Ministério da Saúde.

O balanço também mostra um aumento em relação ao número de casos suspeitos.
Já foram recebidas pela SES, 393 notificações da doença. Do total, são 67 são casos confirmados. Vale lembrar que a SES passou a avaliar os pacientes usando cinco parâmetros. São eles: exame laboratorial detectável para febre amarela; exame laboratorial não detectável para dengue; histórico vacinal (não vacinado/vacinação ignorada); sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso; e exames complementares que caracterizam disfunção renal/hepática.

Foram confirmadas mais duas mortes em Ladainha, na Região do Vale do Mucuri, cidade onde a situação é a mais crítica. Já são 10 óbitos pela doença neste ano. No ranking negativo das mortes Ipanema está em segundo, com 5, seguida de Teófilo Otoni (5), Itambacuri (3) Piedade de Caratinga (2), Malacacheta (2), Imbé de Minas (2), São Sebastião do Maranhão (2), Poté (2), Conceição de Ipanema (1), Setubinha (1), José Raydan (1), e Ubaporanga (1).

Outros dois óbitos suspeitas pode ter acontecido em locais longe dos municípios que apresentam surto. Uma delas é de um morador, de 40 anos, de Januária, na Região Norte de Minas Gerais, que viajou de ônibus e chegou na segunda-feira a Brasília, onde sentiu-se mal e morreu na quarta-feira. O óbito por febre foi confirmado pelo Laboratório Central (Lacen), porém, ainda será apurado pela SES e o Ministério da Saúde. A outra morte, que ainda não tinha sido informada pela SES, é de um morador de Delfinópolis, da Região Sul de Minas. Os dados sobre o paciente não foram passados pela pasta. .