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Estado de Minas

Homem é indiciado por estupro e morte de criança de 1 ano em MG

O suspeito era guardião da menina desde que a mãe e o padrasto foram presos no velório da irmã mais velha da vítima, de 2, suspeitos de matá-la


postado em 24/01/2017 18:58 / atualizado em 24/01/2017 23:14

Um homem de 24 anos foi indiciado pelo estupro e morte de uma criança de 1 ano e 10 meses em Juiz de Fora, na Zona da Mata, nesta segunda-feira. Segundo a Polícia Civil, o suspeito era guardião da criança, pois a mãe e o padrasto tinham sido presos no velório da irmã mais velha da vítima, de 2, suspeitos de matá-la.

No dia 12, o suspeito deu entrada com a menina, já sem vida, em um hospital de Juiz de Fora alegando que ela havia caído de uma rampa em um barranco, em 2 de janeiro e que estava tendo uma crise asmática, de acordo com o delegado responsável pelas investigações, Rodrigo Rolli.

“O médico legista acionou a Delegacia de Homicídios depois de examinar o corpo da menina. As lesões que ela tinha eram incompatíveis com uma queda. Além disto, o aspecto delas era de lesões recentes, ainda estavam roxas”, comentou Rolli. Enquanto o suspeito esperava a liberação do corpo da vítima no Instituto Médico Legal (IML) ele foi preso em flagrante, em 13 de janeiro.

Conforme o delegado, o suspeito inicialmente disse que “apenas deu tapas fortes na região da barriga da criança. Porém, as lesões foram causadas por espancamento, que pode ser por soco, chute, paulada ou outro instrumento. Ela tinha diversas lesões na região anal, indicando que houve abuso sexual recente”.

O exame de necropsia apontou que a criança morreu por uma hemorragia aguda grave causada por vários traumatismod, possivelmente em decorrência de espancamento. Durante as investigações policiais, o preso confessou o crime com frieza e agora os agentes vão investigar se mais alguém participou da morte.

“Iremos montar o histórico recente dessa criança, saber se ela já vinha sendo agredida e sofrendo abuso. Vamos ouvir vizinhos, parentes e outras pessoas para efetivar melhor essa situação”, comentou Rolli. A princípio, a mulher que tinha a guarda da garota não tem participação no crime, mas a polícia vai apurar se houve omissão da parte dela.

No laudo do IML também foram constatadas lesões internas, o fígado estava dilacerado, e o pulmão esquerdo havia sido perfurado por uma costela que foi quebrada. Ela ainda teve o intestino estourado por decorrência do abuso sexual.

Guarda
A criança estava sob a tutela do suspeito e de sua esposa, prima da mãe das vítimas, após as prisões por suspeita de matar a irmã da garota em 2015. Após julgamento, a mãe foi absolvida e o padrasto foi culpado pelo assassinato. Após ela ficar por sete meses em um abrigo, em dezembro de 2015 a criança foi encaminhada aos guardiões.


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