Após três décadas de tradição, duas das maiores atrações do carnaval de Diamantina, as bandas Bartucada e Bat-Caverna, conhecidas por arrastar multidão no carnaval da cidade histórica estão fora da programação neste ano. A informação foi confirmada pelo prefeito da cidade, Juscelino Brasiliano Roque (PMDB), que disse que ter conseguido um acordo com integrantes das duas bandas nas reuniões que aconteceram entre o poder público e eles.
Segundo Juscelino, a proposta feita pela prefeitura, de colocar um palco na Praça do Mercado que abrigaria as duas bandas e outras que estivessem na programação da cidade, alugar o espaço para uma empresa que ficaria responsável por organizar a folia, vender abadás e, no final, repassar o lucro para as bandas não foi aceita pelos representantes da Bartucada e Bat-Caverna. "Era a proposta que a gente tinha, mas eles não aceitaram. Estamos em crise e não temos verba para bancar os R$ 45 mil que cada banda recebeu no ano passado".
O prefeito afirmou ainda que reconhece a importância das duas bandas, mas que a administração partiu para o segundo plano, valorizando mais o carnaval familiar e com bandas locais. "Vamos remodelar, afinal, as pessoas querem um carnaval promíscuo, com turista fazendo xixi na porta da igreja, como vinha acontecendo aqui? Ou um carnaval com segurança e tranquilidade para a nossa população e turistas?", indagou.
Juscelino afirmou também que o carnaval vai ser organizado na cidade toda, incluindo um palco na Rua da Quitanda, um no Beco do Mota, um dentro do Mercado Central e outro no Espaço Niemayer que ainda deve passar por uma revitalização. Na Praça do Mercado onde acontecia o tradicional carnaval será criado um espaço de convivência com praça de alimentação e banheiros.
Em nota, a Barturcada explicou que a banda operou no vermelho nos últimos anos e que só podeira atuar neste carnaval com um cachê de R$15 mil por dia, "após amargarmos dois carnavais 2014/2015, que foram lindos, mas, que nos deram prejuízo, principalmente pelo afluxo menor de turistas do Rio e de BH (devido ao iniciante, mas já explosivo boom de blocos de rua nestas capitais)", afirmou o bloco.
Ainda segundo os organizadores, "tais fatos dificultaram por dois longos anos a saúde financeira da Bartucada - ainda em recuperação e com dívidas dentro da cidade - e não nos é possível arriscar novamente."
A Bartucada foi convocada, juntamente com a Bat-Caverna e outras atrações musicais, para ter conhecimento da proposta sugerida pela prefeitura para viabilizar o carnaval. "Reiteramos que a Bartucada passou o valor de custo de operação mínimo de R$ 15 mil por dia de apresentação, ou seja, a Bartucada se propôs a se apresentar sem cachê, apenas custeando nossas despesas de logística e de profissionais envolvidos", disse o documento.
Portanto, "diante da transição da prefeitura que só se homologa em janeiro, não houve tempo hábil para que pudéssemos assumir qualquer risco e, atualmente, só podemos assumir riscos extremamente controlados", concluiu.
Ainda segundo os organizadores, "tais fatos dificultaram por dois longos anos a saúde financeira da Bartucada - ainda em recuperação e com dívidas dentro da cidade - e não nos é possível arriscar novamente."
A Bartucada foi convocada, juntamente com a Bat-Caverna e outras atrações musicais, para ter conhecimento da proposta sugerida pela prefeitura para viabilizar o carnaval. "Reiteramos que a Bartucada passou o valor de custo de operação mínimo de R$ 15 mil por dia de apresentação, ou seja, a Bartucada se propôs a se apresentar sem cachê, apenas custeando nossas despesas de logística e de profissionais envolvidos", disse o documento.
Portanto, "diante da transição da prefeitura que só se homologa em janeiro, não houve tempo hábil para que pudéssemos assumir qualquer risco e, atualmente, só podemos assumir riscos extremamente controlados", concluiu.