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Estado de Minas

Voluntários de outros estados chegam a Minas para ajudar no combate à febre amarela

Os profissionais atendem a pacientes e também auxiliam os integrantes das redes municipais e estaduais a lidar com gestão e planejamento


postado em 26/01/2017 06:00 / atualizado em 26/01/2017 07:54

Profissionais voluntários de outros estados chegam a Novo Cruzeiro para auxiliar no combate à febre(foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Profissionais voluntários de outros estados chegam a Novo Cruzeiro para auxiliar no combate à febre (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press)
Novo Cruzeiro - Médicos e enfermeiros voluntários do Rio de Janeiro, do Distrito Federal e do Grupo Hospitalar Conceição, do Rio Grande do Sul, que integram a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) começaram ontem o trabalho de campo no apoio aos municípios mineiros que enfrentam o pior surto de febre amarela no estado. Os 10 profissionais chegaram a Teófilo Otoni, no Vale do Rio Mucuri, na segunda-feira e fizeram primeiro um levantamento das estruturas e do pessoal disponíveis na rede de saúde municipal e estadual da região que é a mais afetada pela doença. Os esforços estão sendo concentrados inicialmente em Novo Cruzeiro, município que mais enviou doentes aos hospitais de referência e em Setubinha. De acordo com a secretaria municipal de saúde de Novo Cruzeiro, não há registros confirmados da doença ainda, mas casos de pelo menos 70 doentes e 15 óbitos são investigados por suspeita de febre amarela.

A força nacional se dividiu em duas equipes, que rodam com veículos do estado. Uma fica em Novo Cruzeiro e a outra segue para Setubinha. No fim do dia, a equipe de Setubinha retorna para a base, que está sendo fixada em Novo Cruzeiro. “Os médicos e enfermeiros vão contribuir na busca ativa e na vacinação. A busca ativa consiste em visitas sistemáticas a residências das áreas afetadas, um trabalho que é feito de casa em casa. Serve para encontrar as pessoas que não se vacinaram ainda e convidá-las a tomar o medicamento”, informou a equipe que coordena a força.

Os profissionais atendem a pacientes e também auxiliam os integrantes das redes municipais e estaduais a lidar com gestão e planejamento. Locais onde atuarão foram designados pelo estado, que solicitou a presença da força. Em Novo Cruzeiro, por exemplo, a Unidade Básica de Saúde (UBS) funcionava ontem com sua capacidade máxima. Havia fila para vacinação e três funcionários postados na recepção somente para adiantar o cadastro de quem chegava e acelerar o atendimento. Além disso, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 15 equipes de vacinadores estão percorrendo todo o município para identificar e imunizar quem ainda precisa.

Um médico e uma enfermeira da Força Nacional do SUS vão ficar na unidade para auxiliar no atendimento dessa grande demanda de pacientes. A situação é tão crítica na cidade que só na terça-feira foram enviados mais sete pacientes com sintomas graves da febre amarela. “Aqui ficamos muito preocupados com essas notícias de gente morrendo e adoecendo, tendo de sair corrida para hospitais em outras cidades. Com tanta gente de fora vindo para cá para ajudar, acho que vamos ter uma atenção maior, mais tranquilidade”, espera o lavrador José dos Reis, de 69 anos, que ontem foi se vacinar com a família na UBS. A prefeitura local informou que espera que já no mês que vem consiga imunizar toda sua população com as vacinas que estão sendo disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.

O reconhecimento da rede de saúde da região, primeira etapa do trabalho de reforço da Força Nacional, já foi feito na segunda e terça-feira. “É um trabalho importante, para que se saiba quais as condições das estruturas para as quais os pacientes com suspeita de febre amarela estão sendo enviados”, informou a coordenação.


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