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Estado de Minas

Caso de leishmaniose é confirmado em moradora de Lavras, no Sul de Minas

Armadilhas montadas no bairro onde mora a paciente que teve a doença identificaram a presença do mosquito palha, transmissor da enfermidade


postado em 26/01/2017 09:02 / atualizado em 26/01/2017 12:50

A Prefeitura de Lavras confirmou um diagnóstico de leishmaniose visceral humana na cidade do Sul de Minas. Segundo a administração municipal, o caso ocorreu com uma moradora do Bairro Morada do Sol II e ela já teve alta médica, depois de passar por tratamento. Ela foi atendida na Unidade de Pronto Atedimento (UPA) e como teve alteração da função hepática, a vigilância da Secretaria Municipal de Saúde foi avisada.

A confirmação do caso levou a Prefeitura de Lavras a tomar algumas medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde, como uma varredura nos cães de rua da cidade, que são hospedeiros da doença em ambiente urbano, e uma investigação do histórico do caso.

Todos os cães encontrados no bairro em questão estão sendo testados para a leishmaniose. Aqueles animais que testarem positivo para a enfermidade serão encaminhados para a Universidade Federal de Lavras (Ufla) para serem sacrificados.

Ainda segundo a prefeitura, foram colocadas armadilhas na região de moradia da paciente para confirmar a presença do mosquito transmissor da doença, que na maioria dos casos é Lutzomya longipalpis. Assim que o mosquito foi detectado, o estado foi acionado e enviou uma equipe para treinar técnicos de saúde locais, segundo a prefeitura.

Quem transmite a doença é a fêmea do inseto, popularmente conhecido como mosquito palha. Segundo o Ministério da Saúde, estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e suas asas permanecem eretas e semiabertas em posição de repouso. O mosquito pica cães infectados e depois pica os seres humanos, transmitindo o parasita Leishmania chagasi, causador da doença.

Dados do MS mostram que, entre 1990 e 2015, Minas Gerais registrou 7.240 casos de leishmaniose visceral, sendo que em 2015, último ano de informações disponíveis, foram 418 registros. O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, se não tratada, a moléstia evolui para óbito em 90% dos casos. O MS disponibiliza uma série de informações sobre a doença pelo site https://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/leishmaniose-visceral-lv


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