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Estado de Minas

Caso de moradora com leishmaniose em Lavras é o quinto do ano em Minas

Outros diagnósticos foram confirmados em Belo Horizonte, Vespasiano, Conceição do Mato Dentro e Virgem da Lapa


postado em 26/01/2017 12:30 / atualizado em 26/01/2017 20:47

O caso confirmado de leishmaniose visceral humana em uma moradora de Lavras, no Sul de Minas, é o quinto registrado em Minas Gerais em 2017, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG). Antes desse, a SES/MG já havia confirmado quatro diagnósticos em Belo Horizonte, Vespasiano (Grande BH), Conceição do Mato Dentro (Região Central) e Virgem da Lapa (Vale do Jequitinhonha).

Em 2016, o estado fechou o ano com 490 casos confirmados, segundo a pasta que cuida da saúde em Minas. A SES/MG informou que está atuando diretamente com as autoridades de Lavras supervisionando as atividades estipuladas pelo Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (PVCLV).

Entre as ações desenvolvidas, estão a investigação epidemiológica do caso humano, a disponibilização de testes diagnósticos e medicamentos usados no tratamento, vigilância e controle dos cães, que são o reservatório da doença, controle químico e manejo ambiental do vetor – o mosquito palha –, treinamento dos profissionais de saúde, além da disponibilização de informações sobre a doença à população.

Essas ações foram desencadeadas a partir da última segunda-feira. O controle e vigilância dos cães inclui o teste sorológico para os animais, com a eutanásia daqueles bichos que apresentarem reação a esses exames.

No caso de Lavras, todos os cães encontrados no Bairro Morada do Sol II, onde foi registrado o caso confirmado, estão sendo testados para a leishmaniose. Aqueles animais que apresentarem resultado positivo para a enfermidade serão encaminhados para a Universidade Federal de Lavras (Ufla), onde serão sacrificados.

Conforme a prefeitura da cidade, foram colocadas armadilhas na região de moradia da paciente para confirmar a presença do mosquito transmissor da doença, que na maioria dos casos é Lutzomya longipalpis. Quem transmite é a fêmea do inseto, popularmente conhecido como mosquito palha.

Segundo o Ministério da Saúde, esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e suas asas permanecem eretas e semiabertas em posição de repouso. O mosquito pica cães infectados e depois pica os seres humanos, transmitindo o parasita Leishmania chagasi, causador da doença.

A moradora que desenvolveu a doença passou por tratamento e já recebeu alta médica. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lavras comunicou a prefeitura do caso depois que a paciente apresentou alteração nas funções do fígado. Felizmente, o tratamento fez efeito e ela já está em casa.


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