Encerrado nesta quinta-feira o motim na penitenciária feminina Estevão Pinto, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, onde detentas colocaram fogo em colchões em protesto, segundo elas, à superlotação.
A capacidade da unidade é para 365 presas. "Mas há umas 600, pois o Ceresp feminino está fechando e as detentas são levadas para cá", disse uma mulher que cumpre pena no regime semiaberto. O governo não divulgou o número de presas no local.
O motim começou nesta tarde. Detentas colocaram fogo em colchões de uma cela e as lavaredas se espalharam para o corredor. O Corpo de Bombeiros foi acionado e deixou a penitenciária por volta das 19h30.
O protesto prejudicou detentas do semiaberto. Elas deixam o local pela manhã para trabalhar e precisam retornar até às 19h. Mais de uma dezena aguardam neste momento.
Também há parentes de presas, como dona Maria da Conceição Pinto, de 59 anos. "Minha filha chegou há oito dias. O alvará de soltura já foi expedido pelo juiz, mas ainda não foi entregue. Ela foi parada numa blitz e o carro que o amigo dirigia havia sido roubado".