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Estado de Minas

Fernando Pimentel garante água na Região Metropolitana de BH até 2032

Durante visita a estação de tratamento Rio Manso, em Brumadinho, governador disse que reservatório tem hoje 79% de seu volume ocupado


postado em 27/01/2017 14:05 / atualizado em 27/01/2017 14:13

Governador participou nesta sexta-feira de vistoria no reservatório Rio Manso, em Brumadinho(foto: Verônica Manevy/Divulgação)
Governador participou nesta sexta-feira de vistoria no reservatório Rio Manso, em Brumadinho (foto: Verônica Manevy/Divulgação)
 

A Região Metropolitana de Belo Horizonte tem abastecimento de água garantido pelos próximos 15 anos. O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira pelo governador Fernando Pimentel (PT), durante vistoria ao reservatório Rio Manso, em Brumadinho.

 

A unidade compõe o sistema Paraopeba, responsável por abastecer cerca de metade da população do entorno da capital mineira. Hoje o reservatório está com 79% do seu volume ocupado – bem superior aos 30% verificados há pouco mais de um ano, quando o abastecimento da região enfrentava um sério risco de entrar em colapso.


De acordo com Pimentel, o número positivo se deve justamente a investimentos de R$ 128,4 milhões realizados pela Copasa no reservatório de Rio Manso, cujas obras foram concluídas no final de 2015.

 

Segundo dados da empresa, a captação de água no Rio Paraopeba para a Estação de Tratamento do Sistema Rio Manso, permitiu que fossem poupados 79,5 bilhões de litros de água do Rio Manso – um dos três reservatórios que compõem o Sistema Paraopeba, que tem ainda o Serra Azul e Vargem das Flores.


Ainda assim, Pimentel afirmou que a Copasa manterá campanhas de conscientização da população para o uso da água. “Consumimos água demais, desnecessariamente”, afirmou ele, que defendeu o uso “inteligente” do recurso que hoje é o mais escasso em todo o mundo.

 

O governador assegurou também que não há risco de escassez de água na bacia do Rio das Velhas, onde a Copasa retira água para abastecer outra parte da população a Grande BH. “Não há riscos para o Rio das Velhas ou de racionamento. Pode haver paradas técnicas, mas não racionamento”, garantiu.


A presidente da Copasa, Sinara Meireles, completou que a empresa adota hoje uma série de ações voltadas para o Rio das Velhas. Segundo ela, hoje não há um sistema de reservação da vazão da águas, onde a captação é direta. Segundo ela, nos próximos dias a estatal começa a receber propostas técnicas para criação de soluções e estudos alternativos que possam garantir a reservação das águas ou um sistema complementar de suprimento de vazão para o abastecimento.

 

Tarifa

Questionado sobre as discussões em torno do reajuste da tarifa de água em Minas Gerais – o que deve ocorrer em maio –, o governador Fernando Pimentel afirmou que a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) está trabalhando na revisão da metodologia de cálculo e que, acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) impede qualquer comentário sobre o assunto.


“Quem fixa a tarifa é a Arsae. A Copasa tem capital aberto com ação na bolsa de valores. Não podemos falar sobre isso”, alegou. No ano passado, as contas de água em Minas sofreram um reajuste de 13,9%, acima da inflação.

 

Na ocasião, a agência reguladora argumento que entre os motivos para o aumento estavam a redução da receita, devido à economia de água por causa da crise hídrica no estado, e a correção inflacionária.


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