A preocupação é com a febre amarela. Nas cidades onde há surto da doença em Minas Gerais, a maioria registrou mortes de macacos. Em BH, foram encontrados três primatas mortos, segundo a SMSA, sendo que um deles foi vítima de atropelamento. Os outros dois estavam em quintais de residências.
Os animais foram recolhidos e encaminhados para o Laboratório de Zoonoses, onde é realizada a necropsia daqueles corpos que estejam em boas condições e feito o teste de raiva. O animal é encaminhado para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) que, por sua vez, encaminha para o Instituto Evandro Chagas, para que sejam feitos outros exames, como por exemplo, o de febre amarela.
A secretaria afirma que “esses primatas não apresentam riscos para a saúde humana, e que estes não transmitem a febre amarela. Pelo contrário, os animais doentes ou mortos que são encontrados são um importante sinal para a vigilância de possíveis doenças”. O secretário municipal de saúde, Jackson Machado Pinto, afirmou que a vacinação foi reforçada na capital. “BH é um grande centro de apoio as regiões que estão tendo surto. Então, tomamos todas as medidas de ordem de proteger a população de Belo Horizonte de possíveis e eventuais transmissões a pessoas da cidade”, afirmou.
Sobre as mortes dos macacos, disse que não há motivos de temor. “Nossa vigilância epidemiológica tomou as medidas para verificar se as mortes foram devidas a febre amarela ou não. Macaco, como gente, morre todo dia, então pode ser que não tem nada ver. Então temos que investigar. Mas, à princípio, não tem motivos para ficar excessivamente preocupado. Lógico, que não vamos negligenciar a investigação, mas não há motivos para achar que haja um surto de febre amarela na cidade de BH”, completou.
De acordo com a SMSA, somente neste ano foram vacinadas 151 mil pessoas contra a doença. A capital recebeu neste ano 210 mil doses da vacina contra febre amarela. Já foi solicitado cota-extra para atender a demanda. No ano passado a cobertura vacinal foi de 78% para adultos, 82% para crianças de 9 meses, 98,8% crianças de 4 anos.