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Estado de Minas

Moradores de Bento Rodrigues aprovam projeto de construção de novo distrito

Segundo a Fundação Renova, a expectativa é que o novo distrito seja entregue à comunidade até março de 2019


postado em 28/01/2017 15:30 / atualizado em 28/01/2017 16:13

Cerca de 190 famílias participaram da assembleia geral neste sábado (foto: Thiago Fernandes/ divulgação)
Cerca de 190 famílias participaram da assembleia geral neste sábado (foto: Thiago Fernandes/ divulgação)
Moradores de Bento Rodrigues aprovaram, por unanimidade, na manhã neste sábado, o "projeto urbanístico conceitural" que consiste no desenho do novo distrito. A cidade foi atingida pela tragédia em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, em novembro de 2015. A expectativa é que o novo distrito seja entregue à comunidade até março de 2019.

 

Segundo a nota divulgada pela Fundação Renova – criada pelas empresas Samarco, Vale e BHP Billiton – "a proposta teve a aprovação com a presença de 80% das famílias elegíveis, sendo que o quórum mínimo acordado era de 75%." Cerca de 190 famílias participaram da assembleia geral no o Centro de Convenções de Mariana.

A proposta consiste em preservar as características originais e os aspectos patrimoniais, urbanísticos e culturais, sobretudo em relação à vizinhança. Após a aprovação do projeto urbanístico, a Fundação Renova dará continuidade ao processo de reassentamento.

A Fundação informa, ainda, que o próximo passo é transformar o desenho em projetos detalhados com rede de esgoto, ruas, entre outros. Toda a documentação feita pela Fundação, além do decreto de urbanização concedido pela Câmara Municipal, será protocolada na Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). Concedida a licença ambiental, a expectativa é que a terraplanagem tenha início no mês de julho.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acompanhou o trabalho de diálogo entre os moradores, a comissão de representantes e a Cáritas, assessoria técnica que os auxilia nas decisões relacionadas ao reassentamento. Agora, deverão ser trabalhadas as questões específicas de cada família.

A Fundação informa que "para isso, é preciso fazer um plano de atendimento individualizado com base em um levantamento de dados socioeconômicos e de uso e ocupação das propriedades. A melhor forma para concluir essa próxima etapa será discutida com a assessoria técnica e a comissão dos impactados."


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