Exames realizados no Hospital Eduardo de Menezes, no Bairro Bonsucesso, Região Oeste de Belo Horizonte, confirmaram malária em um paciente de 23 anos que foi levado para a unidade nesse sábado. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), o resultado se deu por exames rápidos. O paciente segue, nesta segunda-feira, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O caso é tratado como importado, pois o homem retornou de Angola, um país considerado área de risco para a doença.
De acordo com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital, o paciente estava com o estado de saúde estabilizado na parte da manhã. Porém, no início da tarde, houve alteração e seu quadro era instável. Ainda não há previsão de alta para o jovem.
O paciente deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento da Regional Nordeste (UPA), no Bairro São Paulo, na tarde de sábado apresentando quadro de febre hemorrágica e suspeita de malária. Ele tinha voltado da África dias antes. Testes rápidos para dengue foram feitos e deram negativo, o que reforçou a suspeita de malária que foi confirmada em seu quadro clínico. Um exame preliminar dos atendentes acusou insuficiência renal leve no paciente. Ele acabou transferido para o Eduardo de Menezes no mesmo dia.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), há pelo menos três anos a capital mineira não registra casos de malária com transmissão dentro da cidade. Em 2015, foram 13 casos da doença confirmados e em 2016, 18 casos. Neste ano, é o primeiro caso. A pasta ressalta que todas as notificações são importadas, ou seja, “a exposição ocorreu em áreas endêmicas do país ou exterior”.
A doença tropical assustou as autoridades sanitárias mineiras depois de um surto ter sido identificado em meados de dezembro num garimpo em Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, afetando seis garimpeiros, que foram medicados na Santa Casa de Caridade da cidade histórica.
RB