Minas já registra quase seis vezes mais casos de chikungunya em 2017 do que janeiro de 2016

Até 30 de janeiro deste ano, foram contabilizados 200 casos prováveis da doença, que envolvem os confirmados e os suspeitos. No mesmo período do ano passado, eram 36

João Henrique do Vale

As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegytpi ainda são preocupação em Minas Gerais.

O alerta maior é em relação a febre chikungunya. Até 30 de janeiro deste ano, foram contabilizados 200 casos prováveis da doença, que envolvem os confirmados e os suspeitos. O número é quase seis vezes maior do que registrado no mesmo período de 2016, quando o Estado tinha 36 notificações. A dengue também segue aumentando o número de vítimas a cada semana. Já são três mortes investigadas pela enfermidade.

Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Os números mostram uma alta forte da febre chikungunya.
Em apenas uma semana, os casos quase dobraram. Em 23 de janeiro, eram 107 notificações da doença. Até 30 de janeiro, foram computados mais 93 casos prováveis. No ano passado, o estado teve 537 pessoas infectadas pela doença. Somente nos 30 primeiros dias deste ano, Minas já computou 39,4% de todos os casos prováveis do ano passado. Vale ressaltar a grande concentração em março e abril, quando foram registradas 92 e 91 casos, respectivamente. Ou seja, a situação pode piorar nos próximos meses.

 

Dengue


Outra velha doença já conhecida da população segue fazendo vítimas. Minas Gerais já registrou 4.647 casos prováveis de dengue, um aumento de 88,2% em uma semana. Os números já são maiores que janeiro de 2012 e 2015, que tiveram 2.340 e 4.536 casos prováveis, respectivamente, e já se aproxima de 2014, quando foram registrados 4.739 notificações. O número de casos só está abaixo dos registrados em 2016 e 2013, que Minas teve 58.391 e 35.516 casos, respectivamente, situação considerada epidemia.

No último boletim, o estado tinha registrado 2.469 notificações. Outras duas mortes estão sendo investigadas, elevando o número de óbitos em 2017 para três. Em 2016, o pior ano da doença da história, 254 moradores perderam a vida.

Outras 40 mortes seguem em investigação desde o ano passado.

Zika


Em relação à febre pelo zika vírus, foram registrados neste ano, 73 casos prováveis no estado. Nos 12 meses do ano passado foram 14.338 casos prováveis da doença. Em janeiro de 2016 foram 752 notificações. De acordo com a SES, em 2016 até esta quarta-feira, foram confirmados 1.098 casos da doença.

Seguindo orientações do Ministério da Saúde, a classificação dos casos de microcefalia mudou. Agora, será levado o protocolo de infecções congênitas chamadas de Storch %2b Zika. A sigla é formada por um grupo de doenças infecciosas que acometem o recém-nascido, como sífilis congênita, toxoplasmose congênita, rubéola congênita, citomegalovirose congênita e herpes simples congênito. Foram registrados 19 casos de recém-nascidos com suspeita de infecção de 2016 até e até 25 de janeiro deste ano. Estão em investigação outros 231 casos.

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