Prefeitura começa a instalar telas no Hospital Infantil João Paulo II

Unidade já recebeu seis crianças com suspeita de febre amarela. Duas permanecem internadas. Telas também serão instaladas nas UPAs

Guilherme Paranaiba Cristiane Silva
A proteção está sendo instalada na área do segundo andar do hospital - Foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press
A Prefeitura de Belo Horizonte começou, nesta sexta-feira, a instalação das telas com inseticida no Hospital Infantil João Paulo II, o antigo CGP, no Centro de Belo Horizonte. O objetivo é evitar a presença do mosquito Aedes aegypti, que além de transmitir dengue, zika e chikungunya, também é vetor da febre amarela.

A proteção está sendo instalada na área do segundo andar do hospital, onde há 32 leitos específicos para pneumologia e doenças infecto-contagiosas. A expectativa é de que o trabalho dure uma semana e, depois disso, eles vão iniciar o mesmo nas nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte. Terminando o trabalho nos locais, eles voltam a instalar os equipamentos nas casas de gestantes. Até hoje já foram teladas as casas de 730 gestantes.

Segundo a prefeitura de BH, a equipe de zoonoses faz o acompanhamento da área onde o Hospital João Paulo II está localizado e já realizou uma ação de pente fino e controle do vetor em toda a extensão da área hospitalar.
 
Ainda segundo a prefeitura, as telas são confeccionadas com uma malha já impregnada com inseticida que mantém seu efeito químico por um período médio de dois anos.
Mas o efeito do telamento também é mecânico. Isso significa que, mesmo após o fim da vida útil do inseticida, a tela ainda mantém os mosquitos fora do ambiente hospitalar.
 
Desde o início do surto de febre amarela silvestre em Minas Gerais, o Hospital Infantil João Paulo II já recebeu seis crianças com suspeita da doença. Destas, quatro já tiveram alta e passam bem. Os casos continuam em investigação.
- Foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press
Na quinta-feira, uma menina e um menino de 10 e 12 anos foram internados na unidade. As crianças apresentam febre, dores no corpo e outros sintomas, mas os exames não apontaram nenhuma alteração do fígado, nem da função renal. Como os quadros podem piorar muito rápido, elas seguem em observação e passam pelo tratamento no hospital. Essas crianças estiveram nas zonas rurais de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.  .