O balanço da febre amarela em Minas Gerais piora a cada dia. Mais cinco mortes pela doença foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta quarta-feira. O número subiu para 66. Esse já é o ano mais fatal da enfermidade desde 1980, último dado disponível no Ministério da Saúde. Em 2000, 40 pessoas morreram durante surto no país. A situação pode ser ainda pior. Isso, devido a outros 80 casos que ainda estão sendo investigados.

As notificações da doença voltaram a subir 4,2% de terça-feira para esta quarta-feira. Entraram no balanço da SES mais 39 casos, elevando o número para 908. Na terça-feira, eram 869 notificações. Para se ter uma ideia do aumento, na segunda-feira eram 862 notificações. Na sexta-feira, o Estado tinha 843 notificações. Até ontem, os dados indicava uma diminuição no número de casos novos.

Do total de casos, 190 foram confirmados para febre amarela. Outros 54 foram descartados. A SES ainda investiga 664 casos suspeitos. Na terça-feira, eram 184 casos confirmados da doença. A maioria dos infectados pela doença, segundo a secretaria, são os homens, que representam 85% dos casos. Do total, 44% dos pacientes não estavam vacinados.

O número de cidades com a circulação da doença também aumentou. Na terça-feira, eram 71 cidades com casos suspeitos de febre amarela e outros 38 municípios confirmaram moradores com a enfermidade. Nesta quarta-feira, são 73 comunidades com casos suspeitos. O número de cidades com casos confirmados continua o mesmo.

Já são 70 cidades com mortes de macacos que podem ter relação com a febre amarela, a chamada epizootias. Em outras 22, os casos estão sendo investigados e em 52 municípios foram confirmados os óbitos para a doença..