A febre amarela segue avançando em Minas Gerais. Já foram notificados 987 casos da doença, uma média de 24 por dia em 2017. Nos últimos dez dias houve um grande aumento. No dia 1º de fevereiro, o Estado estava com 774 casos notificados. Até esta sexta-feira, o aumento foi de 213 registros. O número de mortes confirmadas já chega a 68.
Os dados fazem parte do balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta sexta-feira. Ao analisar a doença desde o início deste mês, mostra que há um aumento significativo. Nos primeiros dias, parecia que os casos iriam ficar estáveis. Nos dias 1 e 2, o aumento de notificações foi de apenas três registros, saindo de 774 para 777.
Porém, no dia 3 a situação voltou a dar um salto, passando para 843 notificações. Nessa quinta-feira, eram 954 casos prováveis, que envolvem suspeitos e confirmados. De ontem para esta sexta-feira, foram registrados mais 33 casos. Do total, 198 foram confirmados e outros 57 foram descartados. Seguem sendo investigados outros 732
O mesmo aumento pode ser visto em relação as mortes. No dia 1º de fevereiro, o estado tinha 127 mortes notificadas, sendo que 48 foram confirmadas. Nesta sexta-feira, são 163 mortes notificadas e 68 confirmadas para febre amarela. Outras 95 ainda estão sendo investigadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Mortes de macacos
A morte de macacos contaminados pela febre amarela na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) alerta para a circulação do vírus da doença na capital e cidades vizinhas e a necessidade de reforço vacinal na região. A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou resultados positivos para a doença em animais que morreram em Belo Horizonte, Betim e Contagem.
O número de cidades com mortes dos primatas já são 81. Desses, os casos de 24 cidades estão sendo investigadas e em outros 65 foi confirmada a morte dos macacos por contaminação de febre amarela.