Cinco horas após um atropelamento fatal na linha de trem de Juiz de Fora, na Zona da Mata, outro homem quase foi atingido por uma locomotiva em um local próximo ao primeiro acidente, na tarde de ontem.

Por volta de 12h, um homem de 47 anos, foi atropelado por um trem que circula em uma linha administrada pela empresa MRS. A assessoria de imprensa da corporação informou que o local onde ocorreu o acidente é de acesso proibido para pedestres. Cinco horas depois, um outro homem se ariscou e quase foi atingido por uma composição, em um trecho da ferrovia que também é restrito à transeuntes. Nas imagens do vídeo, fornecido pela MRS, o pedestre corre imprudentemente segundos antes do trem cruzar com a avenida. A assessoria informou ainda que o tempo para aquela composição atravessar totalmente o cruzamento era de cerca de três minutos. "Essa cena é muito comum no interior, vemos sempre pessoas andando na linha e usando a ferrovia como atalho", disse Marcelo Kanhan, assessor da MRS. "Um trem vazio pesa cerca de 3 mil toneladas, então não há como frear o veiculo para evitar o acidente. Quando acontece, o trem tem que esperar a perícia e paralisar o transito, gerando caos no fluxo de veículos da cidade. Por causa de dois minutos e meio, a cidade fica quase 2 horas parada" completou Marcelo. A empresa é responsável por uma malha ferroviária de 1.643 km, que corta Minas Gerais, o Rio de Janeiro e São Paulo. Em Juiz de Fora, a MRS possui 40 quilômetros de linha, que é equipada com 14 passarelas e alguns cruzamentos autorizados a pedestres. .