Duas importantes ações de combate ao mosquito Aedes aegypti serão implementadas na próxima semana na Região do Venda Nova, em Belo Horizonte. A partir da segunda-feira, retorna o projeto “agendamento noturno” de visitas de agentes endemiológicos, visando a vistoria de imóveis que ficam fechados em horário comercial. A outra iniciativa é a instalação de telas impregnadas com inseticidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Venda Nova.
Em balanço divulgado nesta sexta-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) da capital informou que este ano já foram confirmados 47 casos de dengue. Há 1.683 notificações pendentes de resultados. As regiões Noroeste e Pampulha são as que apresentam maior número de casos, oito em cada, seguidas por Venda Nova e Barreiro, com sete registro cada.
O projeto de visitas agendadas no período noturno é uma parceria da SMSA e Defesa Civil no combate ao Aedes aegypti. O objetivo é visitar imóveis que estavam fechados no horário comercial, quando acontecem as vistorias dos agentes de combate a endemias. Ao todo, são 306 imóveis, em 16 quarteirões do Jardim Comerciários, em Venda Nova, em que não foram encontrados os moradores.
O trabalho é feito a partir de um mapeamento realizado pelos agentes da Defesa Civil que, das 19h às 21h30, visitam esses imóveis, na tentativa de agendar a visita dos agentes de combate a endemias. A listagem com os imóveis a serem visitados é repassada diariamente e esse agendamento pode ser feito entre 7h e 18h, de segunda a sábado.
Telas para proteger pacientes da UPA
Na próxima semana, tem início a instalação das telas impregnadas com inseticidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Venda Nova. A ação tem com objetivo reforçar a proteção aos pacientes internados e profissionais de saúde contra o Aedes aegypti.
O uso de telas com inseticidas é uma ação pioneira de Belo Horizonte, iniciada em 2016, quando as residências de gestantes foram priorizadas para receberem o material. Em 2017, a SMSA amplia a iniciativa, instalando os equipamentos nas unidades hospitalares. Os hospitais Eduardo de Menezes e o João Paulo II (unidade infantil da Fhemig) já receberam as telas.
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é o transmissor da chikungunya e zika vírus, e tem competência para ser vetor da febre amarela em áreas urbanas. De acordo com o balanço da SMSA, este ano foi confirmado um paciente registro de chikungunya importado, ou seja, contraído fora de Belo Horizonte. Há ainda cinco casos em investigação para a doença.
Em relação ao zika vírus, são duas confirmações de pessoas infectadas na capital. Há 19 notificações para a doença em investigação, sendo 14 de pacientes de BH e cinco de outros municípios. Dos 14 casos de moradores da capital, são os dois confirmados, quatro descartados e oito em análise. Há ainda na capital seis notificações de microcefalia, pendentes de investigação, todos de moradores da cidade.