No fim de janeiro deste ano, a passarela metálica foi desmontada, pois a empresa Ferpa Engenharia, responsável pela instalação e manutenção da estrutura há mais de dois anos, não estava em dia com o cadastro, o que acabou impedindo de continuar prestando serviços ao órgão federal. O assunto foi discutido em uma audiência entre o DNIT e os moradores da região nesta segunda-feira. A expectativa da conclusão da montagem da passarela provisória é de 90 dias, segundo o órgão.
De acordo com a assessoria de imprensa do departamento, não há data marcada para lançar o edital para contratação de empresa para prestar o serviço. Sobre a construção de uma passarela definitiva, o DNIT informou que somente após a implantação de um projeto que prevê a retirada das famílias que ocupam o entorno da via é que será discutido a possibilidade de construí-la. "Quando fizermos a revitalização do Anel, pode ser que a demanda de pedestres diminua na região e não necessite a construção de uma passarela", disse o assessor de imprensa do departamento, Bernardo Castro.
O projeto, uma parceria do DNIT com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), está em fase de análise e, segundo a assessoria, também não há previsão de ser realizado. O grande problema é que entre 2015 e 2016 houve aumento de 75% no número de mortes por atropelamento, passando de oito para 14, e esse trecho é um dos três pontos concentradores desse tipo de acidente no Anel Rodoviário.
Como o local já é considerado de risco havia anos, em 2009 o Ministério Público entrou na Justiça pedindo a construção de uma passarela. Em novembro de 2011, a Justiça obrigou o Dnit a atender A essa solicitação, o que só foi efetivamente feito um ano depois, em novembro de 2012, quando a travessia foi inaugurada. Na ocasião, foi feita uma estrutura de metal provisória, pois o Dnit argumentava que a construção seria desmanchada quando o Anel fosse revitalizado.
A passarela funcionou quase dois anos até ser destruída por um caminhão, em outubro de 2014. O acidente manteve fechada a rodovia por cerca de sete horas, estrangulando o trânsito em outros pontos e praticamente travando o tráfego de Belo Horizonte. Cinco meses depois foi reinaugurada, justamente pela dificuldade burocrática de se estabelecer um novo contrato, mas agora foi desmontada por conta do encerramento do documento..