Segundo a PC, Sérgio foi morto por queima de arquivo, uma vez que ele teria reconhecido o comparsa de Júlio em um roubo cometido ao supermercado da Avenida Silviano Brandão, onde a vítima era gerente, no dia 12 de fevereiro de 2011. Na ocasião,os suspeitos teriam assaltado o estabelecimento e fugido em uma moto. Horas depois do crime, o amigo de Júlio foi preso e identificado por Sérgio como um dos assaltantes. Suspeita-se que o autor tenha planejado a morte do gerente temendo também ser reconhecido.
"Apesar de ser morador do Bairro Serra, Júlio César é conhecido na região do Horto em razão de sua periculosidade", ressaltou a delegada Alice Batello, que coordenou as investigações. "O suspeito matou Sérgio em uma via pública bastante movimentada, quando a vítima saía do trabalho, demonstrando o quanto é um indivíduo perigoso", completou.
Crime planejado
No dia do assassinato, a vítima estava saindo do trabalho quando foi atingida por disparos de arma de fogo, em ponto de ônibus próximo ao supermercado. A polícia afirma que Júlio conhecia a rotina da vítima e já o aguardava naquele local.
Um policial militar à paisana presenciou toda a ação e trocou tiros com o suspeito, que fugiu. O militar conduziu a vítima ao hospital, mas Sérgio não resistiu e morreu. Coincidentemente, Júlio, atingido no braço pelo policial, também procurou socorro na mesma unidade de saúde onde a vítima foi atendida, mas não foi reconhecido.
Três meses após o homicídio do gerente, Júlio fez outra vítima. Ao tentar contra a vida de um inimigo, o suspeito atingiu por acidente uma vizinha, que acabou morrendo. A arma utilizada no crime foi apreendida e, por meio de exame balístico, a Polícia identificou que o projétil retirado do corpo da mulher coincidia com o que foi retirado de Sérgio.
Inicialmente, a equipe responsável pelas investigações chegou a considerar vingança como motivação para o homicídio de Sérgio, uma vez que a vítima teria descoberto um esquema de desvio de mercadorias comandado por funcionários da empresa. Essa hipótese foi, posteriormente, descartada, e com a informação do exame balístico, a suspeita de queima de arquivo começou a ser investigada.
Relembre o caso
Sérgio Antônio de Moraes, de 46 anos, foi assassinado a tiros no dia 20 de abril de 2011. Ele era gerente de um supermercado da Avenida Silviano Brandão, Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, e foi baleado quando saía do local de trabalho. À época, a Polícia Militar informou que o estabelecimento havia sofrido uma tentativa de assalto realizada por dois homens, ação que foi impedida pelo gerente.
A vítima foi abordada por suspeitos nas proximidades do supermercado e foi baleado na cabeça e no tórax.
Um militar passava pelo local e trocou tiros com os autores do crime. Um deles foi atingido mas, logo em seguida, fugiu. Uma equipe da PM encaminhou o gerente para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, mas ele não resistiu e morreu pouco depois.
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