Polícia prende fornecedor de decodificador clandestino de TV no Bairro Cidade Nova

Os aparelhos violam os códigos de proteção e permitem a exibição de canais das operadoras de graça. Moradores que compram objeto podem responder por crime

João Henrique do Vale
Investigações sobre o caso duraram três meses - Foto: Polícia Civil / Divulgação

Investigação da Polícia Civil terminou com a prisão de um homem apontado como o distribuidor de decodificadores clandestinos de TV a cabo em Belo Horizonte. O aparelho, conhecidos como 'decoders' ou 'Azbox', violam os códigos de proteção e permitem a exibição de canais das operadoras de graça. Weder Pinto da Cunha, de 36 anos, foi encontrado no Bairro Cidade Nova, na Região Nordeste, com vários equipamentos. A suspeita é que eles seriam entregues em shoppings populares da capital mineira.

As investigações começaram há três meses. Durante as apurações, agentes do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes identificaram que Weber era um distribuidor do material. Cada aparelho era vendido por R$ 400, segundo a polícia. O suspeito foi preso dentro de um Renault Duster no Bairro Cidade Nova.
No veículo foram encontrados diversos equipamentos. Ele foi preso em flagrante por receptação e o material apreendido. Porém, acabou liberado depois do pagamento de fiança.

De acordo com a delegada Renata Fagundes, responsável pelo caso, em depoimento, o homem alegou ter recebido a mercadoria de terceiros e que o material seria do Paraguai. “Essa foi a primeira vez que conseguimos identificar um fornecedor deste material”, explicou a delegada. A políciai já tinha feito apreensões de decodificadores anteriormente.

Apesar da suspeita que os equipamentos seriam entregues em shoppings populares, a polícia vai continuar a investigação para identificar o destino exato do material. O decodificador, quando ligado a uma antena ou cabo de empresas provedoras de serviços de televisão paga, violam os códigos de proteção e permitem a exibição de todos os canais da operadora de graça.

Segundo a delegada, pessoas que comprar este tipo de aparelho também poder responder por crime. “Por ser um produto com venda proibida no Brasil, quem utilizá-lo pode incorrer até mesmo ao crime de receptação culposa”, destacou..