A onda de incêndios criminosos se intensificou no último fim de semana. Desde domingo, são 13 coletivos destruídos na Grande Belo Horizonte, incluindo casos em Betim, Contagem e Sarzedo e Mário Campos, cidade que entrou no mapa dos ataques na noite de ontem, quando foi queimado ônibus da linha 3741 (Mário Campos/Tangará). Na capital, a última ação, até o fechamento desta edição, ocorreu na madrugada de ontem, no Barreiro. O ônibus atacado, da linha 342 (Estação Barreiro/Solar via Estação Diamante), foi abordado por criminosos na Avenida Waldyr Soeiro Emrich, no Bairro Castanheiras, perto da Estação Diamante.
De acordo com a Polícia Militar (PM), uma equipe que patrulhava a Vila Pinho foi informada, via rede de rádio, sobre o incêndio ao coletivo. Ao chegar ao local, eles conseguiram ver os autores correndo pela avenida.
Segundo a PM, os suspeitos, entre eles a jovem que deu sinal para desembarcar, foram detidos perto da avenida. Eles têm idades entre 16 e 27 anos. A polícia também informou que foi apreendido no local do incêndio um bilhete manuscrito com os dizeres: “É pela oprimissão (sic) no sistema de Bicas II e queremos melhorias o mais rápido possível, senão vai rolar morte lá dentro e aqui fora. E f... pro estado. Assinado: o crime”. O grupo detido foi levado para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (Dopcad).
A Seap informou que não há como confirmar que ordens de queimar coletivos tenham partido de dentro de unidades prisionais até que a Polícia Civil conclua as investigações dos ataques. O major Santiago não comentou quais seriam as motivações dos autores dos incêndios, mas destacou que, na maioria das ocorrências, o número de adolescentes envolvidos tem sobressaído.
Na noite de terça-feira, seis pessoas foram detidas por queimar um ônibus na Via Expressa de Contagem, na Grande BH. Segundo a Polícia Militar, o crime ocorreu às 20h38 e um veículo da linha 101 (Nacional) foi destruído. O motorista disse que foi surpreendido pelos criminosos armados e com galões.
Em resposta aos últimos ataques, a PM intensificou operações de fiscalização nos coletivos em pontos fixos e móveis nos principais corredores da capital. Na área do 1º Batalhão, Centro-Sul de BH, todas as companhias estão participando das ações. Além do 1º Batalhão, responsável pela segurança no Centro de Belo Horizonte e parte da Região Centro-Sul, as ações também acontecem na área do 16º Batalhão, que abrange as regiões Leste e Nordeste de BH. Veículos e pessoas foram abordados nas imediações do Bairro Floresta, mas ninguém foi preso..