Consegui ser vacinado às 11h10, quatro horas depois de entrar no posto. Ao longo desse tempo, foram muitas as reclamações das pessoas na fila.
Depois de três horas de espera, a paciência por um fio, nem mães com criança de colo, idosos e portadores de deficiência escapavam das línguas afiadas. O problema é que era atendida uma pessoa da fila de prioridade a cada três atendimentos normais, mas volta e meia alguém reclamava que os prioritários estavam passando na frente. “Se soubesse que ia ser assim, trazia meu sobrinho pequeno para vacinar”, resmungava uma mulher dois lugares à minha frente.
Apesar de se mostrarem prestativos, os funcionários do Oswaldo Cruz já acusam o golpe de receber, de uma hora para outra, centenas de pessoas à procura de vacina. Ontem, no Barro Preto, apenas dois atendentes faziam cadastro e só uma equipe aplicava a vacina. “Estamos no limite”, reclamou uma funcionária. O centro de saúde aguarda a chegada de reforço para melhorar o atendimento, mas ninguém sabe quando isso vai ocorrer.
Uma sugestão para quem pretende enfrentar a fila da vacina: leve uma garrafinha de água, se possível um lanche, e vá com espírito desarmado, sabendo que passará horas no centro de saúde, a maior parte do tempo em pé. É isso ou torcer para que a prefeitura coloque em prática o mais rápido possível o plano de contratar temporariamente atendentes de enfermagem para desafogar os postos. Como disse o próprio Kalil durante a campanha para prefeito, a população de BH precisa de carinho. Ainda mais agora, com a febre amarela assombrando a cidade. .